Copa do Mundo: conheça iniciativas de empresas de energia para impulsionar o esporte feminino no Brasil

BRASÍLIA – A Copa do Mundo Feminina começou na madrugada desta quinta (20/7) com vitórias das anfitriãs, Austrália e Nova Zelândia, sobre Irlanda e Noruega, respectivamente. O torneio, que vai até 20 de agosto trouxe com ele uma discussão que ecoa em todas as outras áreas econômicas (inclusive energia): as desigualdades financeiras e de oportunidades.

Um exemplo clássico é a diferença de salários entre os craques das seleções brasileiras masculina e feminina.

Segundo a revista Forbes, Neymar recebe um salário de cerca de US$ 50 milhões (R$ 244 milhões) por temporada, enquanto Marta recebe apenas de US$ 400 mil (cerca de R$1,94 milhão). Isto é, uma diferença de cerca de 125 vezes.

Longe de conseguir resolver essa disparidade, mas dando um primeiro passo para apoiar o esporte feminino algumas empresas de energia estão direcionando recursos para iniciativas de inclusão no Brasil.

Conheça três delas:

Coisa de mulher

O projeto social Futebol é Coisa de Mulher, idealizado pelo clube Potiguar, em parceria com a Voltalia, empresa de energias renováveis, tem como objetivo promover e estimular a participação feminina no futebol.

A ação oferece a prática do esporte para meninas e mulheres, entre 8 e 30 anos de idade, gratuitamente em Mossoró, no Rio Grande do Norte (RN). E foca na inserção de moradoras das periferias da cidade.

A Voltalia opera no RN as duas maiores usinas solares em termos de potência em funcionamento no Brasil: Serra do Mel I (137 MW) e Serra do Mel II (103 MW).

Inauguradas pela Voltalia em 2022, elas somam 540 mil painéis fotovoltaicos e fazem parte do maior cluster da companhia no mundo, que possui potencial de 2,4 GW.

Financiamento de atletas

A companhia do setor elétrico Neoenergia também está firmando parcerias e patrocínios para financiar o crescimento de atletas mulheres e fortalecer o esporte feminino.

Em 2021, a empresa se tornou a primeira a patrocinar, exclusivamente, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Desde então, a principal competição nacional passou a se chamar Brasileirão Feminino Neoenergia.

A iniciativa não se limita apenas à seleção principal, mas também engloba as seleções de base. Pelo menos 575 atletas recebem treinamento e formação profissional.

A Neoenergia vai apoiar grandes eventos para o futebol feminino, como a Copa do Mundo Feminina de 2023 e os Jogos Olímpicos de Paris em 2024.

Além do futebol

Em janeiro deste ano, o grupo Engie anunciou que será patrocinador oficial do tênis brasileiro. Além de contemplar os eventos juvenis e profissionais promovidos pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT) em 2023, a iniciativa terá foco na inclusão de mulheres.

Uma das estratégias de equidade de gênero é dar visibilidade a quatro atletas da equipe brasileira feminina: Beatriz Haddad Maia, Carolina Meligeni Alves, Ingrid Martins e Laura Pigossi.

“Queremos que elas conquistem posições ainda mais ambiciosas no ranking mundial, pois entendemos que alavancar oportunidades para as mulheres e assegurar equidade de gênero é fundamental para o desenvolvimento da sociedade”, comentou Luciana Nabarrete, diretora Pessoas, Processos e Sustentabilidade da Engie Brasil Energia.