É necessária uma maior “noção de urgência” para definir a situação dos campos maduros da rodada zero, defende o diretor de Relações Institucionais da Perenco, Leonardo Caldas.
Esses campos têm contratos de concessão com término em 2025.
Caldas ressaltou a urgência em prolongar a vida útil de campos maduros para dar continuidade e segurança jurídica aos investimentos, em entrevista durante a edição de 2024 da ROG.e, no Rio de Janeiro. Esse conteúdo faz parte do projeto Energia que Transforma, produzido pelo estúdio eixos.
“Quando uma empresa independente adquire esses ativos, há uma perspectiva de prazo para 2040/2050. Isso abre os olhos para uma perspectiva de prolongar o investimento. E a gente está falando de recolhimento de imposto, de participação governamental, royalties, empregos. Isso, por si só, dá uma noção do impacto que isso representa”, comentou.
Para o executivo, a iniciativa do Potencializa E&P é bem-vinda e que a portaria do programa dará encaminhamento a pautas regulatórias de produtores independentes.
Ele cita como exemplo o município de Macaé (RJ), onde foram anunciados R$ 27 bilhões de investimento em campos maduros, sendo R$ 10 bilhões apenas das empresas independentes.
Segundo Caldas, falta detalhamento de regulamentação para determinados ambientes e operadores.
“Quando a gente fala de um operador que assume campos maduros e marginais, trata-se de um ativo que já está em decadência. Tem que ter uma regulamentação aplicável a esse tipo de ativo e de investidor”, disse.