As dificuldades enfrentadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a demora nos licenciamentos ambientais são fatores que prejudicam o cenário para investimentos, na visão do diretor de Relações Externas da Eneva, Aurélio Amaral.
Segundo o executivo, o ambiente atual “não é dos melhores” para decisões de investimentos.
“O principal órgão regulador do setor [ANP] está passando por dificuldades orçamentárias, o que inibe a sua atuação e dificulta o desenvolvimento da regulação. Temos um atraso na regulação da Lei do Gás, que tem como objetivo fortalecer esse mercado e uma abertura. Recentemente tivemos a greve do Ibama, que atrasou licenciamentos e as autorizações para que as empresas pudessem continuar seus projetos”, disse em entrevista durante a edição de 2024 da ROG.e, no Rio de Janeiro. Esse conteúdo faz parte do projeto Energia que Transforma, produzido pelo estúdio eixos.
Amaral pontuou ser preciso sensibilizar o governo para a situação das agências reguladoras e dar agilidade aos processos. “O que as empresas querem é previsibilidade para fazer investimentos”, afirmou.
O principal empreendimento da Eneva em curso, segundo o diretor, é o projeto Azulão, no Amazonas, que inclui um parque termelétrico com capacidade para 950 MW.
“Estamos no meio do processo de obras, com quase três mil pessoas contratadas, trazendo as turbinas dos Estados Unidos em uma operação logística complexa. Com tudo isso, a gente procura criar programas e estabelecer conexões com a sociedade local”, pontuou.