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Como utilizar a base instalada no Brasil para a construção de equipamentos subsea – somados aos mecanismos regulatórios e de mercado – para transformar o país em referência em tecnologia e manufatura subsea? A questão é uma das muitas que devem tentar ser respondidas durante o SPE Brazil Subsea Symposium: Unleashing the potential of Subsea 4.0, que acontece em 18 e 19 de junho, na Firjan, no Rio de Janeiro.
Diferente do formato tradicional de eventos técnicos, o Symposium se propõe a discutir temas próprios do segmento através de apresentações de casos reais e um momento exclusivo de debate, para garantir que os participantes sejam parte das discussões e não apenas espectadores. A ideia é concluir os trabalhos com uma agenda propositiva.
“A gente tem base instalada. Temos todos os fabricantes aqui. Temos mão de obra qualificada. Temos engenharia de bom nível. Se você jogar uma pitada de digitalização e tecnologia, talvez esse seja o ponto para o Brasil virar o hub mundial de fabricação e tecnologia subsea”, comenta João Humberto Guandalini Batista, um dos chairs do evento.
O SPE Brazil Subsea Symposium foi montado em quatro sessões distintas. A primeira falando sobre digitalização: Digital technologies applied to subsea systems – What is missing?. A segunda sessão – Teaching old dogs new tricks – explorando a criatividade e discutindo como operadores e fornecedores podem sentar à mesa antes de os projetos começarem para discutir novas abordagens, otimizações na especificação ou modelos integrados de fornecimento.
A terceira sessão – Improvement of the technological development environment in Brazil – discutindo o ambiente tecnológico no Brasil e analisando a inovação, o ecossistema associado ao subsea no país e discutindo, de forma provocativa, o papel do erro em um ambiente tão conservador. Em pauta, como fazer startups virarem fornecedoras do setor.
A última sessão – Joint industry efforts to promote technology leadership – falando sobre ações integradas, quando operadoras, fornecedores e universidades trabalham juntos.
As discussões vêm no momento que o país começa a ganhar novos operadores offshore após a retomadas dos leilões de petróleo e fim da operação única da Petrobras no pré-sal. Total, Equinor, Shell, ExxonMobil, entre outras, começarão em breve a demandar bens e serviços no país, inclusive para o setor subsea.
Alia-se a isso a demanda que será gerada com os desinvestimentos da Petrobras, que começa a criar um mercado independente offshore no Brasil, com pequenos produtores, baixo volume de contratação e novos modelos de negócio. “Diversidade de operadoras nas grandes ordens. Os pequenos chegando. A diminuição da dependência de um operador majoritário vai transformar a indústria”, comenta João Humberto Guandalini Batista.