Gás Natural

Compagas recebe 22 propostas para compra de biometano no Paraná

Ao todo, 12 empresas diferentes apresentaram ofertas para venda do combustível renovável

Regulamentação de biogás e biometano em Segipe em debate. Na imagem: Dutos metálicos amarelos com a inscrição "biometano" em usina de biometano GNR Fortaleza, da Ecometano e Marquise (Foto: Divulgação)
Usina de biometano GNR Fortaleza, da Ecometano e Marquise (Foto: Divulgação)

RIO — A Compagas recebeu propostas de 12 empresas diferentes, na chamada pública lançada pela distribuidora paranaense de gás canalizado para compra de biometano. Juntas, as propostas somam um potencial de fornecimento superior a 380 mil m³/dia.

Esta é a primeira chamada pública realizada pela Compagas, com foco específico para aquisição de biometano. Ao todo, as participantes apresentaram 22 propostas diferentes.

O biometano poderá vir de usinas de açúcar e etanol, da suinocultura, bovinocultura e vicultura, além de aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto.

A Compagas trabalha, agora, na análise e seleção das propostas, com o objetivo de encontrar as melhores condições de fornecimento e viabilizar a aquisição do combustível renovável.

O presidente da distribuidora, Rafael Lamastra Jr, afirmou, em nota, que o biometano permitirá à Compagas interiorizar a rede de gás canalizado no Paraná.

Dados da Associação Brasileira de Biogás (ABiogás) indicam que a produção nacional de biometano, atualmente, está em aproximadamente 400 mil m³/dia, mas tem potencial para atingir os 30 milhões de m3/dia até 2030.

No Paraná, a produção potencial é estimada em mais de 2 milhões de m³/dia.

Para aprofundar:

“Vale destacar, ainda, que as características agropecuárias e agroindustriais do Paraná, somadas à geração de energia renovável, concedem ao Estado a liderança no potencial produtivo de biometano do Sul do país”, destacou a Compagas, em nota.

A Compagas, controlada pela Copel, deve ser privatizada este ano.

A distribuidora tem, na Petrobras, a sua principal fornecedora de gás. Recentemente, assinou um contrato de longo prazo com a petroleira, para aquisição de gás natural até 2032. 

Em paralelo, a companhia busca oportunidades de diversificação da base de supridores.

Em 2022, assinou contrato, na modalidade interruptível, com a Tradener. 

A concessionária negocia com a comercializadora, agora, um contrato para compra do gás do campo de Barra Bonita — atrelado ao IPCA, e não aos preços internacionais. Espera fechar ainda este ano o acordo e também negocia com outros potenciais supridores.

Em 2022, a empresa abriu uma chamada pública e recebeu propostas de seis fornecedores diferentes, além da Petrobras: CDGN, Compass, Equinor, Galp, GasBridge e Sobrax. As conversas seguem em andamento.