A Comgás, maior distribuidora de gás natural do país, e a Scania vão desenvolver ações conjuntas para acelerar o desenvolvimento do mercado de gás natural veicular (GNV) e biometano para veículos comerciais pesados.
“Esta iniciativa é fundamental para impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura de distribuição e ampliar as opções de abastecimento”, diz Christopher Podgorski, presidente e CEO da Scania Latin America.
“Estamos empenhados em promover a transformação sustentável do setor de transportes e tornar os combustíveis alternativos ao diesel o novo normal“, completa o executivo.
Desde março de 2020, a Scania produz caminhões com motores dedicados ao gás na sua planta de São Bernardo do Campo/SP.
A montadora investiu cerca de R$ 4 bilhões na nova plataforma de produtos.
Os veículos podem ser abastecidos com GNV, biometano ou uma mistura de ambos os combustíveis.
Para o presidente da Comgás, Antonio Simões, o foco é potencializar o mercado de gás no país.
O executivo destaca que a empresa está investindo na ampliação da rede de dutos em polos estratégicos onde há uma demanda iminente por gás natural.
O primeiro passo a ser dado pelas empresas será o mapeamento de corredores e rotas logísticas, para aumentar o número de pontos de abastecimento no estado de São Paulo.
O plano ainda contempla a avaliação para instalação de postos de abastecimento em garagens de frotistas e/ou operadores de ônibus.
“Um operador de ônibus que tenha em sua garagem posto de abastecimento a gás ganha em produtividade pois pode encher os tanques em horário sem circulação”, explica Christopher Podgorski.
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Sustentabilidade
Apesar de ser um combustível de origem fóssil, o gás natural é menos poluente quando comparado com o diesel de petróleo.
Segundo as empresas, a frota pesada movida a GNV emite até 90% menos poluentes de ação local – como NOx e material particulado, em comparação com um produto similar a diesel.
“Dentro das cidades, onde o gás natural pode ser aplicado no transporte público, com a tecnologia de nossos ônibus movidos a gás podemos reduzir a quase zero a emissão de material particulado, um poluente de ação local cancerígeno e responsável pelo aumento de mortes provocadas por doenças respiratórias”, explica Podgorski.
A Comgás também tem como meta inserir o biometano em sua rede de dutos, o que possibilitaria o uso de uma fonte energética com quase zero emissão de CO2, nos moldes do que já ocorre na Europa.
“Aqui, a chave é gerar eficiência. O futuro do transporte é composto por uma matriz energética diversa. Este é um movimento orquestrado entre vários stakeholders – e uma mudança que acontece em cadeia”, completa Antonio Simões.
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