BRASÍLIA — A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) emitiu nesta segunda (16/1) o Selo Energia Verde, do Programa de Certificação de Bioeletricidade, para a comercializadora de energia do Itaú Unibanco. É a primeira comercializadora a receber a certificação em 2023.
Desde 2015, o selo é concedido a comercializadoras que adquirem energia das produtoras de bioeletricidade sucroenergética e eletricidade renovável e sustentável produzida através da biomassa da cana-de-açúcar.
Podendo ser solicitado e concedido a qualquer estado da federação que atenda aos critérios estabelecidos nas diretrizes gerais do programa de certificação.
O Selo Energia Verde tem apoio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Segundo a Unica, a iniciativa é a pioneira em focar estritamente no setor sucroenergético, com renovação anual e sem qualquer custo para os agentes. Além disso, estimula a expansão da bioeletricidade e do mercado livre.
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No Brasil, 22 usinas produtoras de bioeletricidade sucroenergética possuem a certificação; são instalações pertencentes aos grupos econômicos Cerradinho Bioenergia, Cofco International Brasil, Adecoagro, Viterra Bioenergia, Viralcool, Cocal Energia Responsável e Alta Mogiana.
Em 2023, as unidades certificadas devem produzir 4,2 mil GWh, equivalente para atender 2,2 milhões de unidades consumidoras residenciais no ano. O percentual também deve evitar a emissão de mais de um milhão tCO2, marca que seria atingida através do cultivo de 7,2 milhões de árvores nativas durante de 20 anos.
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A modalidade que permite contratação direta de eletricidade atingiu no último trimestre de 2022 a marca de 30.452 unidades consumidoras. Proporcionalmente, isso significa 0,03% dos 89 milhões de consumidores brasileiros.
Os dados fazem parte do Boletim da Energia Livre de dezembro de 2022, publicado pela Associação Brasileira dos Consumidores de Energia (Abraceel) em janeiro de 2023. O consumo no mercado livre foi de 24.373 MW, o que representa 36% de toda a energia consumida no país, e um aumento de 5% no consumo nos últimos doze meses.
