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eixos.com.br | 11/04/22
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O aumento dos preços dos combustíveis deve limitar o crescimento do consumo no mercado brasileiro em 2022 e impactar uma série de serviços na economia, num efeito cascata. Demitido da presidência da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna defende, no entanto, que não há margem para mudança na política de preços da companhia por parte do novo comando da estatal.
Na quarta-feira (13/4), acionistas da petroleira se reúnem para eleger o novo Conselho de Administração e referendar José Mauro Coelho na presidência da empresa.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) reduziu a projeção de crescimento do mercado de combustíveis para 2022. O consumo deve retornar este ano aos níveis de 2019, mas o aumento das vendas será contido pela escalada de preços e as menores expectativas para a economia brasileira.
– A EPE estima que o mercado do Ciclo Otto (veículos que rodam a gasolina e/ou etanol) crescerá 0,6%, ante a estimativa anterior de 1,9%, enquanto a previsão de crescimento da comercialização de diesel segue mantida em 0,8%, de acordo com a edição de abril das Perspectivas para o Mercado Brasileiro de Combustíveis no Curto Prazo.
– A estatal de planejamento energético projeta um crescimento nas vendas de 2,8% para o etanol hidratado; 25% para o QAV; e 0,3% para o GLP. Já o consumo de gasolina C deverá se manter estável este ano.
Sem margem para mudança na política de preços Silva e Luna disse, em entrevista ao Valor, que dificilmente a nova direção da estatal terá instrumentos para alterar a política de preços da empresa.
– “Com o que tem hoje de legislação, de norma, não dá [para mudar a política de preços]. É preciso considerar que a empresa toma decisão compartilhada, é uma vontade coletiva, passa pelo comitê executivo, pelo conselho de investimentos. Não vejo como alterar isso na Petrobras”, completou.
– Silva e Luna argumentou ainda que o caminho para mitigar os aumentos seria por meio de ações do Congresso e do governo. Lembrou que a política de subsídios foi praticada no passado “por um período curto, bem definido, para fazer um amortecimento dessas pressões”. O governo, porém, recusou-se a fazer isso desta vez.
– De acordo com a Lei das Estatais, qualquer obrigação e responsabilidade que a Petrobras assuma “em condições distintas às de qualquer outra empresa do setor privado em que atua” deve ser objeto de acordo prévio e estar claramente definida em lei ou regulamento. Além disso, deve haver transparência sobre os custos com as obrigações.
Efeito cascata dos reajustes O reajuste promovido em 11 de março pela Petrobras nas refinarias, de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel, provocou um “efeito cascata” nos valores de vários serviços. As tarifas de viagens por aplicativos subiram cerca de 6%; as entregas de encomendas (delivery), até 50%; e as passagens aéreas, entre 32% (internacionais) e 62% (nacionais). Além disso, as empresas de transporte público reivindicam aumentos de cerca de 20%. Estadão
Gasolina, diesel e GLP estáveis O preço médio da gasolina nos postos manteve o viés de baixa na semana passada (3/4 a 9/4), segundo a pesquisa da ANP. A redução foi pequena, de apenas 0,13%, para R$ 7,192 por litro, na comparação com a semana anterior (27/3 a 2/4). Foi a terceira semana consecutiva de queda.
— O preço do diesel ficou praticamente estável, em R$ 6,600 por litro. O mesmo ocorreu com o preço do botijão de gás, que caiu 0,07%, para R$ 113,54. Folha de S. Paulo
Gás natural mais caro Os contratos de fornecimento da Petrobras às distribuidoras de gás canalizado podem ter um reajuste de 40% em 1º de maio, segundo estimativas da consultoria Gas Energy. Valor
Liminar derruba reajuste do gás natural em MG O Tribunal de Justiça de Minas Gerais derrubou, por liminar, o reajuste de 40% no preço do gás natural vendido pela Petrobras à Gasmig. A decisão atendeu a um pedido da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais.
— O aumento estava previsto no contrato assinado pela distribuidora mineira com a Petrobras no fim do ano passado, com vigência de 2022 a 2025. Na tentativa de reduzir sua dependência da petroleira estatal, a Gasmig fechou contrato de fornecimento com a portuguesa Galp, para compra de parte de sua demanda.
Petrobras reduz em 5,6% o preço do gás de cozinha O preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) vendido pela estatal às distribuidoras passou de R$ 4,48 para R$ 4,23 por quilo.
O petróleo fechou a semana com perdas, diante dos anúncios de liberação de reservas dos EUA e aliados; da redução de temores sobre a oferta; e de perspectivas menores para a demanda, ante os lockdowns na China.
— O Brent para junho subiu 2,11% na sexta (8/4), a US$ 102,17 o barril, mas fechou a semana com queda acumulada de 2,12%. Foi a segunda semana consecutiva de desvalorização da commodity. Já o WTI para maio subiu 2,32%, a US$ 98,26 por barril na sexta, e encerrou com perdas acumuladas de 1,01% na semana. Valor
Produção da Enauta cresce 21,3% em março, ante fevereiro Ao todo, a companha produziu 635,7 mil barris de óleo equivalente (boe), uma produção média diária de 20,5 mil boe.
– No primeiro trimestre, a produção média diária da Enauta foi de 17,6 mil boe. O número inclui a produção do campo de Atlanta, em águas profundas da Bacia de Santos, e do campo de gás natural de Manati, no litoral da Bahia.
Já PetroRio registra queda A empresa produziu 35 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) em março, de acordo com dados operacionais preliminares e não auditados. No mês anterior, a petroleira teve produção média de 35.671 boepd.
Pedido de vista pode atrasar privatização da Eletrobras Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) reclamam do sigilo imposto pelo relator Aroldo Cedraz ao preço de venda da ação da Eletrobras, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. E ameaçam: se não tiverem acesso com prazo hábil para análise, terão de pedir vista e adiar, ainda mais, a votação da capitalização da estatal. A previsão é de o tema ir ao plenário do TCU no dia 11 de maio.
CNPE não chega a consenso no embate diesel verde x biodiesel A reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de quinta (7/4) terminou sem consenso sobre a comercialização do HBIO da Petrobras e de outras rotas de diesel renovável (ou verde) no Brasil.
– A Petrobras e agentes da indústria de óleo e gás defendem que os percentuais de mistura obrigatória de biodiesel ao diesel possam ser cumpridos também com o uso dos novos produtos. Já o setor de biodiesel defende que o diesel verde e o biodiesel não devem competir entre si e tenham mandatos próprios de mistura obrigatória ao combustível fóssil.
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