XP reduz em US$ 5,7 bilhões previsão de ganhos com venda de refinarias da Petrobras

Petrobras vai contra decisão cautelar do ministro do STF Ricardo Lewandowski, escreve Paulo Cesar Ribeiro Lima. Na imagem: Foto à contraluz da Refinaria Gabriel Passos, em Betim (MG), em 27/3/2018, durante celebração dos 50 anos da Regap (Foto: Washington Alves/Petrobras)
50 anos da Refinaria Gabriel Passos, em Betim-MG (Foto: Washington Alves/Petrobras)

A corretora XP reduziu em US$ 5,7 bilhões a previsão de ganhos para a Petrobras com a venda das refinarias. Analistas revisaram suas estimativas após a assinatura do contrato da Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, vendida por US$ 1,65, valor abaixo das expectativas do mercado.

No novo cálculo, a corretora estima que RNEST (PE), Repar (PR), Refap (RS), Regap (MG), Reman (AM) e Lubnor (CE) têm valor entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4,8 bilhões, ante previsão anterior de US$ 7,9 bilhões a US$ 10,5 bilhões, apontou relatório publicado nesta segunda (5).

Os fatores que pesaram na revisão, segundo a corretora, foram risco de se investir em países emergentes, riscos relacionados à liberdade para praticar preços de combustíveis no país e o tempo em operação das refinarias da Petrobras, cinco delas construídas entre 1957 e 1977.

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A mudança de estimativa se deu após o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Alencar Rodrigues, determinar que as áreas técnicas do órgão entreguem parecer sobre a venda da RLAM por um valor 45% inferior ao cenário-base calculado pela própria Petrobras.

O ministro afirma que um cenário-base da Petrobras precificou a RLMA em US$ 3,04 bilhões. A venda para a Mubadala Capital, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, foi fechada e aprovada pela diretoria e conselho da Petrobras por um preço de US$ 1,65 bilhão. O contrato foi assinado em 24 de março.

Os ministros da corte de contas criticaram a pressa da Petrobras em fechar o negócio e chegaram a alertar que uma tentativa de driblar o controle externo poderá levar à responsabilização de membros da diretoria executiva da estatal.

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