Combustíveis e Bioenergia

Rússia libera exportações de diesel

Governo anunciou retomada da venda do combustível para outros países, 15 dias após corte das exportações

Novo embargo europeu ao óleo da Rússia entra em vigor. Na imagem: Vladimir Putin, presidente da Rússia (Foto: Vyacheslav Prokofyev/TASS)
Rússia de Vladimir Putin perdeu cerca de 30% das receitas com exportações de óleo e gás após restrições europeias sobre petróleo russo, estima a IEA (Foto: Vyacheslav Prokofyev/TASS)

O governo da Rússia anunciou nesta sexta-feira (6/10) a liberação das exportações de diesel, 15 dias após restringir a venda do combustível para outros países. O corte tinha sido uma tentativa de estabilizar o mercado local – que passa por problemas de escassez e inflação dos combustíveis.

A decisão deve beneficiar o mercado brasileiro, já que a Rússia se tornou este ano a principal fonte das importações de diesel do país, superando a liderança histórica dos Estados Unidos.

O governo russo afirmou que as exportações estão liberadas desde que o fabricante forneça pelo menos 50% do combustível produzido ao mercado interno.

Como publicado pela agência epbr, analistas esperavam que a restrição à exportação não iria durar muito tempo.

Isso porque, segundo os especialistas, o país não tem grande capacidade de armazenamento de combustível e terá dificuldade de impor restrições à venda por um longo prazo, com as altas margens oferecidas atualmente no mercado global.

A expectativa é que a retomada das exportações russas possa ter impacto no preço do diesel, já que haviam sido retirados do mercado cerca de 1 milhão de barris/dia do combustível.

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Mais diesel no mercado brasileiro

Um dos principais destinos do diesel russo deve ser o Brasil, já que o país se tornou este ano um dos maiores mercados das refinarias russas – que vêm buscando rotas comerciais alternativas em meio às sanções da União Europeia e do G7.

O Brasil entrou na lista dos dez principais mercados de produtos refinados russos ainda em janeiro. Em abril, quando as importações começaram a se acentuar, o Brasil passou a figurar entre os cinco principais destinos. Foi a partir de meados de junho, contudo, que o país se consolidou entre os cinco maiores importadores de derivados russos. A Turquia era a líder absoluta.