Combustíveis e Bioenergia

Refinaria de Mataripe passa a produzir diesel marítimo na Bahia

Acelen já lançou outros três novos produtos desde que assumiu a gestão do ativo

13/02/2023 15:29

Refinaria de Mataripe, novo nome da Landulpho Alves (RLAM), agora sob operação da Acelen, empresa do Fundo Mubadala

RIO — A Acelen, empresa do fundo Mubadala que gere a Refinaria de Mataripe (ex-RLAM), na Bahia, começou a produzir óleo diesel marítimo. É o quarto produto novo lançado pela companhia desde que concluiu a compra do ativo, no fim de 2021.

Dentre as novidades do primeiro ano de gestão da refinaria, a Acelen passou a comercializar propano especial e butano especial.

O diesel marítimo é destinado a embarcações de pequeno e médio porte – como barcos de apoio marítimo, de pesca ou passeio, lanchas maiores, rebocadores e de transporte de passageiros. O produto também é usado em grandes embarcações, em motores auxiliares

O Mubadala comprou a RLAM por US$ 1,8 bilhão. Foi a primeira refinaria vendida pela Petrobras, dentro do compromisso assumido pela petroleira com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para abertura do mercado de refino.

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No primeiro ano de gestão da Acelen, a companhia investiu cerca de R$ 1,1 bilhão na modernização e aumento da confiabilidade e eficiência operacional do ativo – que responde por cerca de 14% da capacidade nacional de refino.

Acelen aposta em sinergia com bunker

Com o novo produto, a Acelen se torna a única produtora de diesel marítimo da Bahia. A companhia iniciou a oferta do produto na Baía de Todos os Santos, no Terminal Madre de Deus (Temadre).

A previsão da empresa é produzir 15 milhões de m3/mês do derivado.

Esse volume é suficiente para abastecer todo o mercado da Bahia. A expectativa da Acelen, no curto prazo, é alcançar novos mercados em outros polos do Brasil, via cabotagem. Mira o Nordeste, Norte e Sudeste.

Além do diesel marítimo, a Acelen já produz o bunker — outro tipo de combustível usado pelo setor marítimo, em especial em embarcações de grande porte.

A companhia espera, com o novo produto, capturar as sinergias entre os dois derivados – ou seja, que embarcações que já compravam bunker na refinaria baiana e tinham que viajar até pontos mais distantes para abastecer seus motores auxiliares com diesel marítimo, possam adquirir os dois produtos num só local.