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Você vai ver aqui: Recompra da Vibra é boataria especulativa, diz Prates; Petrobras já desmentiu articulação com Previ e judicialização por marca BR; Lula e Alckmin defendem exportação de motores flex: é a descarbonização sem abrir mão dos combustíveis líquidos.
Haddad afirma que o plano definitivo para estimular carros mais ecológicos virá depois; desoneração será pontual. Marina garante veto em MP que flexibiliza licenciamento de linhas de transmissão — libera supressão de vegetação.
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou neste fim de semana, no Twitter, que notícias sobre a recompra da Vibra são uma “boataria especulativa”.
– Prates faz referência a suposta participação de Aloysio Nunes, ex-chanceler de Michel Temer (PMDB), nas negociações, em nome de Ronaldo Cezar Coelho, acionista da empresa. O próprio Nunes negou. As informações foram publicadas na coluna de Lauro Jardim, em O Globo.
– Prates cita também uma nota sobre o desejo da Petrobras de voltar a controlar a antiga BR Distribuidora.
Na sexta (26/5), a companhia já havia desmentido “qualquer ação coordenada com a Previ ou outra instituição com o objetivo de adquirir as ações de emissão da empresa Vibra Energia”. Segundo o RI da Petrobras, “são inverídicas as matérias acerca do assunto”.
A Vibra Energia, maior distribuidora do país, foi privatizada por meio da pulverização do controle da Petrobras no mercado de ações. Deixou de ser uma subsidiária, mas manteve a marca BR na bandeira dos postos, em contrato até 2029, prorrogáveis por mais dez anos.
– Prates também negou, em entrevistas passadas, que a Petrobras vá judicializar o contrato de licenciamento para retomar a marca da companhia na distribuição de varejo de combustíveis.
No site: Petrobras de volta à distribuição de combustíveis?
Em defesa do motor a combustão. O governo Lula está alinhado com o trabalho feito há anos pelo setor de etanol no Brasil para manter o motor a combustão como uma solução global para a descarbonização dos veículos.
– “A redução do uso de combustíveis fósseis na indústria automotiva se dará com o carro elétrico, mas também com biocombustíveis. Podemos exportar carros ou motores flex para mercados aptos a usar etanol na Ásia, na África e na América Latina”, dizem Lula e seu vice-presidente Geraldo Alckmin, em artigo publicado pelo PT.
– Além dos produtores de etanol, montadoras com atuação na América Latina, promovem a vitória dos motores a combustão flex e os híbridos elétricos com etanol como alternativas viáveis na disputa com os motores elétricos pelo mercado automobilístico do futuro.
Descontos nos carros. Na semana passada, o governo anunciou o pacote de desoneração para carros nacionais, com emissões de carbono sendo um dos três critérios para obtenção de descontos. Outros são os preços dos carros e o conteúdo nacional das peças – Governo promete baratear carros com base em emissão de carbono
– A medida deve ser pontual, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e durar poucos meses ao longo do segundo semestre deste ano. Ele também estimou que o custo da desoneração – ainda em estudo pela pasta – “talvez não chegue a um quarto” de R$ 8 bilhões, como chegou a ser estimado (GloboNews)
Longo prazo em pacote verde. A Fazenda trabalha em um pacote de medidas para “transição ecológica”. Segundo o ministro, nessa agenda, serão tratados os estímulos de longo prazo para veículos menos poluentes.
– A previsão é que os anúncios comecem em agosto. Antes, o foco será a aprovação do marco fiscal e da reforma tributária na Câmara dos Deputados, antes do recesso parlamentar do meio de ano.
Caso tenha perdido: Grupo propõe caminhos para expansão da matriz sem fósseis
Uma expectativa é a estratégia para o hidrogênio. Diversos projetos são desenvolvidos, especialmente em portos com polos industriais, visando à exportação de derivados de hidrogênio verde, a partir de energia renovável.
– Há uma visão concorrente: atrair as indústrias de fora, que demandam a descarbonização a partir de hidrogênio de baixo carbono e energia renovável, para produzir seus produtos aqui. Questão já mencionada por Haddad.
Eólicas offshore no Rio. O governo do estado assinou um acordo com a TotalEnergies para colaboração em estudos, ao longo de dois anos – incentivos fiscais, tributários e a expansão do sistema de transmissão (MegaWhat).
– TotalEnergies é uma das petroleiras com campos em produção no offshore do Rio e projetos de geração de energia eólica em fase inicial de desenvolvimento: Estados produtores de O&G atraem maioria de projetos de eólica offshore.
O preço do gás da Petrobras. A companhia está lançando novos contratos para as chamadas públicas das distribuidoras e clientes no mercado livre de gás natural.
– O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, afirmou que a ideia é oferecer mais flexibilidade e preços mais competitivos aos clientes. Contratos mais longos terão preços menores: Petrobras lança novos tipos de contrato de gás e promete preço mais competitivo.
Produção de gás no Amazonas. A Justiça Federal derrubou mais uma decisão liminar e liberou a Eneva para realizar uma audiência pública, etapa do licenciamento ambiental para novas termelétricas a partir do gás de Azulão.
– Em outra decisão, também derrubada, a Justiça manteve as licenças ambientais para operação do campo.
– A tese contrária ao projeto é que o Ibama deveria ser responsável pelo licenciamento e foi omisso. O licenciamento da produção em terra é dos estados; nas térmicas, há delegação formal de competência para os órgãos estaduais. Veja os detalhes
Licenciamento ambiental. Após reunião com a cúpula do governo, a ministra Marina Silva afirmou que trechos da MP 1150 que flexibilizam o desmatamento na Mata Atlântica serão vetados. Parte das mudanças flexibiliza a construção de linhas de transmissão e gasodutos.
– É um imbróglio: o Senado havia derrubado os trechos com a estratégia nova, o uso de requerimentos para exclusão de trechos de projetos e emendas não-relacionados à matéria original – os jabutis.
– A Câmara considerou essa saída como emenda supressiva do Senado e, portanto, derrubou a derrubada dos trechos, por rejeição dessas emendas. Pode parar no STF. Veja mais em Senado exclui de MP emenda para instalação de linhas
Foz do Amazonas. Encerra hoje o prazo inicialmente dado pela Petrobras para manter a sonda e demais recursos mobilizados para a perfuração do FZA-M-59. A companhia fez um pedido de reconsideração da negativa do Ibama, que confirmou o recebimento do pedido na sexta (26/5), sem prazo para uma resposta — Petrobras manterá mobilização no Amapá por dez dias para recurso
O ex-presidente da Petrobras, Armando Guedes Coelho morreu no sábado (27/6). Engenheiro químico, foi o primeiro a ocupar o posto, entre 1988 e 1989. A Firjan e Jean Paul Prates prestaram solidariedade. Coelho foi conselheiro da federação industrial do Rio.