A Petrobras registrou recorde de produção de diesel S-10 em 2021, com 21,2 bilhões de litros, 10% a mais que em 2020. Já a comercialização teve uma escalada de 34,7%, chegando a 25,8 bilhões de litros.
O volume do combustível com baixo teor de enxofre foi superior a mais da metade do total de diesel vendido pela petroleira, apesar de ter um custo mais elevado.
Segundo a Petrobras, uma das razões para o aumento na demanda estaria na modernização da frota nacional, “com melhores resultados ambientais e econômicos para os usuários”.
A empresa também pretende investir, até 2026, US$ 2,6 bilhões na expansão da capacidade de suas refinarias, para produção adicional de mais de 300 mil barris por dia do óleo diesel S-10.
“Ao final desse prazo, todo o óleo diesel produzido pela Petrobras será S-10”, garante em nota.
O produto com menor teor de enxofre atende às tecnologias mais modernas de motores. Para cumprir seus contratos, além da produção nacional, a empresa importa o volume restante.
Diferença do S-10 e S-500
Atualmente no Brasil, são comercializados dois tipos de óleo diesel automotivo: o diesel S-500 e o diesel S-10, que atendem a diferentes tecnologias veiculares.
O S-500, que se destina a veículos produzidos até 2011, garante-lhes um menor consumo e o cumprimento das legislações de emissões vigentes. Enquanto os veículos produzidos a partir de 2012 devem usar o óleo diesel S-10, para atender aos limites de emissões definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Segundo a empresa, o uso do óleo diesel S-10 em veículos produzidos antes de 2012 não causa nenhum problema em relação ao uso ou às emissões, mas pode aumentar o consumo.
A Petrobras “considera o óleo diesel S-10 essencial para o desempenho dos motores produzidos a partir de 2012, devido aos impactos positivos na redução de emissões de material particulado em até 80% e de óxidos de nitrogênio em até 98%”, concluiu na nota.
Enquanto o S-10 é comercializado nos postos em torno de R$ 5,638 o litro, o S-500 custa em média R$ 5,582 por litro, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Preços dos combustíveis continuam subindo
O litro do diesel está atingindo máximas próximas de R$ 7 na região Sudeste, sendo São Paulo o estado com a maior cotação para o derivado, R$ 6,9. O preço médio do combustível está em R$ 5,48.
Já a gasolina atingiu a máxima de R$ 8,029 no município de Angra dos Reis, litoral Sul do estado do Rio de Janeiro. É a primeira cidade do país a cruzar a faixa dos R$ 8 com a disparada da cotação do petróleo e a alta da taxa do câmbio no país.
Os dados fazem parte da pesquisa semanal de preços da ANP para a semana entre 23 e 29 de janeiro, que pesquisou preços dos combustíveis em 4789 postos em todos os estados e no Distrito Federal
O preço médio da gasolina praticado no país para o litro da gasolina comum está em R$ 6,68. São Paulo tem o menor preço médio registrado pela agência, com R$ 6,37 para o litro. Rio é o maior preço médio do país com R$ 7,19 por litro do combustível
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta uma defasagem média de 8% no óleo diesel e de 9% na gasolina, na comparação entre o preço doméstico e o Preço de Paridade de Importação (PPI). Cobra novos reajustes da Petrobras.