A Petrobras vai elevar o preço do diesel fornecido no Brasil em 3,7%, representando uma alta de 10 centavos. O preço do diesel nacional passa para R$ 2,76 por litro. Entre 25 de março e 10 de abril, a companhia havia promovido cortes que acumularam uma redução de 19 centavos nessas duas semanas.
Dessa vez, a Petrobras decidiu também elevar o preço da gasolina, em 1,9%, com aumento de 5 centavos, na maioria das praças, para R$ 2,64 por litro.
Segundo informações da Abicom, que representa importadores de combustíveis, o preço da gasolina vai subir 9 centavos em São Luís, no Maranhão, e o reajuste de 5 centavos foi informado para as demais localidades.
No reajuste de 10 de abril, o preços da gasolina haviam sido mantidos em R$ 2,59 por litro.
“Os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo. Isso possibilita a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade externa para os preços internos”, afirmou a Petrobras, em nota.
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O presidente Jair Bolsonaro, que promoveu a mudança no comando da companhia, com a indicação de Joaquim Silva e Luna para o lugar de Roberto Castello Branco, tem cobrado publicamente uma mudança na política de preços da Petrobras, com mais “transparência” e “previsibilidade”. Após a votação do novo conselho de administração, contestada por minoritários, a previsão é que Silva e Luna seja oficializado amanhã (16).
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Recuperação e estímulos no Brent
Os preços do diesel e da gasolina são afetados pela cotação internacional do petróleo e pela taxa de câmbio.
Os preços do petróleo saltaram quase 5% nessa quarta (14), depois do relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e dados sobre os estoques dos EUA, que deram impulso ao otimismo com a retomada da demanda após as restrições para controle da pandemia de covid-19.
Os futuros do Brent fecharam em alta de US$ 2,91 (+4,6%), a US$ 66,58 por barril, enquanto o WTI avançou US$ 2,97 (+4,9%), para US$ 63,15 o barril.
Os estoques de petróleo dos EUA recuaram em 5,9 milhões de barris na semana passada, disse a Administração de Informação sobre Energia (AIE), superando as expectativas de analistas, que projetavam uma queda de 2,9 milhões de barris.
Os preços já avançavam por causa de um relatório da IEA que projetou que oferta e demanda globais de petróleo devem retornar a um equilíbrio no segundo semestre de 2021.
A agência acrescentou que os países produtores precisam bombear 2 milhões de barris por dia adicionais para atender à demanda esperada, segundo informações da Reuters.
A consultoria S&P Global Platts aponta que a demanda por gasolina e diesel na América Latina está aumentando gradualmente, mas ainda é lenta.
México e Brasil, os principais mercados da região, continuam apresentando números abaixo do esperado e a previsão é de que a demanda latino-americana por gasolina e biocombustíveis atinja uma média de 2,42 milhões de barris por dia no segundo trimestre de 2021, 255 mil barris por dia a menos do que no mesmo período de 2019, pré-pandemia.
“A magnitude da recuperação da demanda para níveis pré-pandêmicos na região é bastante grande e provavelmente não alcançável em 2021, uma vez que a covid-19 continua a afetar a mobilidade em vários países, apesar dos esforços de vacinação em andamento”, aponta o relatório.
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