Cerca de 1,7 bilhão de litros de biodiesel foram negociados ao preço médio de R$ 4,247, na nova da etapa 3 do 75º Leilão de Biodiesel (L75), realizada nesta sexta (21). Valor é 8% inferior ao de R$ 4,623/litro registrado na primeira tentativa de realizar a etapa, em 6 de agosto, mas que acabou anulada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Tanto nesta etapa, quanto na que foi anulada, todo o volume disponibilizado, por produtores com Selo Combustível Social, foi vendido, totalizando 1,166 bilhão de litros. A ANP já comunicou que realizará um leilão complementar, como previsto.
O volume negociado no L75 será utilizado para atender ao percentual de 10% de mistura de biodiesel no óleo diesel, de acordo com a redução temporária determinada pela agência, para o suprimento entre setembro e outubro.
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O setor produtivo pede ao MME previsibilidade para os leilões de biodiesel, depois do imbróglio em torno do L75, do choque na oferta de óleo de soja e redução da mistura temporariamente para 10% (B10). O L75 foi retomado ontem, após a ANP reverter parte das decisões liminares que suspenderam a concorrência – outras foram retiradas.
“Nosso objetivo é defender a mistura mínima de 12% de biodiesel (B12) para os meses de novembro e dezembro [L76] e manter o plano de crescimento para B13 previsto no cronograma da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio)”, afirma Erasmo Battistella, presidente do Conselho de Administração da Aprobio.
“A Ubrabio concorda em flexibilizar a mistura para o próximo leilão (L76), no limite de B11, mas com previsibilidade para que os produtores planejem a aquisição de matéria-prima”, diz o presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Juan Diego Ferrés.
As associações se reuniram com Bento Albuquerque ontem, em encontro intermediado por Jerônimo Goergen (PP/RS), que chegou a apresentar um projeto de decreto legislativo para sustar a redução do B12 para B10 no L75. O deputado retirou o requerimento após a reunião.
Goergen é autor do projeto que estabelece, em lei, o cronograma de aumento do teor de biodiesel – atualmente, política é tocada pelo CNPE.
O desenvolvimento desta história
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