Combustíveis e Bioenergia

Petróleo volta a subir com pressão americana sobre o Irã

O Brent no mercado futuro voltou a subir, tocando a máxima de US$ 87 pela manhã

Preço do petróleo tem tendência de queda no mercado internacional
Preço do petróleo tem tendência de queda no mercado internacional

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A cotação do Brent recuou 2% ontem (11/10), para US$ 85,82, após a Arábia Saudita afirmar que vai atuar para estabilizar o mercado, sinalizando a disposição de elevar a oferta de óleo, caso necessário para compensar a oferta do Golfo Pérsico.

Nesta quinta (12/10), o barril voltou a subir, tocando a máxima de US$ 87 pela manhã. A ligação do Irã com o Hamas e as reações contra Israel, portanto, são fatores que podem levar à expansão do conflito iniciado após os atendados em 7 de outubro.

Nos EUA, a oposição republicana cobra o endurecimento das sanções contra o Irã. Durante os três anos do governo de Joe Biden, o país elevou as exportações de óleo, principalmente para a China (Reuters, em inglês).

Há também preocupações com um conflito na fronteira com o Líbano, contra o Hezbollah.

– Alguns investidores apostam no pior cenário, e especulam que o preço do petróleo pode disparar com o risco geopolítico. Segundo a Bloomberg, surgiram no mercado americano contratos de opções que lucram até se o preço do WTI subir para US$ 150.

– Relatório mensal de perspectivas de curto prazo do Departamento de Energia dos EUA cortou a projeção de preços no quarto trimestre, de US$ 84,46 para US$ 84,09.

– Em 2024, o governo americano revisou a média do Brent para US$ 94,91 por barril, alta expressiva frente aos US$ 88,22 previstos em setembro. Reflete os cortes da OPEP+, anunciados pré-guerra.

Momento geopolítico. O peso econômico e político da China influenciou na reabertura de canais diplomáticos entre sauditas e iranianos, rompidos desde 2016 (Al Jazeera, em inglês).

Lula conversou por telefone com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, na quarta (11/10), que “destacou a importância de líderes globais trabalharem em conjunto para conter a crise na região”, segundo o Planalto. O Brasil assumiu a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU esse mês.

– Israel promove um cerco à Faixa de Gaza, com militares na fronteira preparados para uma ofensiva por terra. O conflito chega ao 6ª dia, com a formação de um gabinete de guerra, junto à coalizão de governo liderada por Benjamin Netanyahu.

– Mais de duas mil mortes foram contabilizadas entre israelenses, palestinos e estrangeiros. O governo Lula tenta resgatar brasileiros em Gaza por um corredor humanitário pelo Egito. Mais de 400 repatriados de Tel-Aviv chegaram nos primeiros voos da FAB que retornaram de Israel.


Combustíveis no IPCA. O aumento dos preços da gasolina (+2,8%), diesel (+10,1%) e QAV (13,47%), em setembro, pesaram nos combustíveis (+2,7%) computados no IPCA do mês, que fechou em alta de 0,26%.

– A gasolina tem alta acumulada de 16,18% em 2023, subitem do IPCA que mais encareceu no ano (G1). O país está com uma inflação acumulada de 5,19% em 12 meses.

Petrobras conta com a licença para a Foz em 2024. A Petrobras e o BNDES se reuniram com políticos de estados da Margem Equatorial na sede do banco, no Rio de Janeiro, para defender que a exploração e produção de petróleo é necessária para financiar novas fontes de energia no Brasil.

– “Temos a expectativa de no primeiro semestre do ano que vem ou, no mais tardar, no final do ano, de ir ao Amapá”, disse Jean Paul Prates.

– O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante disse que o banco quer apoiar a companhia. “Se tivermos inteligência estratégica, a renda do petróleo pode ser o grande diferencial para o Brasil acelerar sua transição e ser o primeiro país do G20 a chegar a carbono zero”.

Críticas ao Ibama. O governador do AmapáClécio Luís, disse que o estado está sendo privado de uma nova matriz econômica: “Não nos permitem sequer pesquisar se nosso litoral tem ou não petróleo e gás”, disse.

A Petrobras recorreu após a negativa do Ibama, em maio, quando o órgão concluiu que o projeto é ambientalmente inviável.

– A bacia da Foz do Amazonas é uma nova fronteira, sem poços perfurados nos blocos de águas profundas operados pela Petrobras. O assunto está sendo mediado pela Casa Civil.

Opinião: O produtor independente de petróleo e gás e a governança social. Apesar dos muitos desafios a serem superados, sua atuação é cada vez mais impactante social e economicamente, em benefício especialmente das regiões menos favorecidas do país, diz Daniela Santos.

Azul vê SAF de etanol como trunfo do Brasil. Em entrevista à agência epbr, Diogo Bertoldi Youssef, gerente de Engenharia, também alerta para o risco da disputa por combustível limpo com as companhias aéreas europeias.

Honeywell e Granbio vão produzir SAF com etanol nos EUA. Empresas combinarão suas tecnologias de Ethanol to Jet (ETJ) e AVAP de etanol celulósico para produzir combustível de aviação sustentável neutro em carbono.

– Usará resíduos de biomassa como matéria-prima na próxima planta de demonstração da Granbio nos EUA. Em janeiro, a companhia brasileira foi selecionada para receber um subsídio de US$ 80 milhões do governo estadunidense.

JBS e EZVolt ampliam pontos de recarga para caminhões elétricos. A No Carbon, empresa de locação de veículos elétricos da JBS, anunciou nesta quarta (11/10) um acordo com a EZVolt, da Vibra, para ampliar os pontos de recarga para caminhões frigoríficos. A iniciativa já conta com 100 pontos e espera ter mais 30 instalados até o final do ano.

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