Combustíveis e Bioenergia

Petróleo cai com especulação de cessar-fogo em Gaza

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Petróleo cai com especulação de cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas em Gaza. Na imagem: Força marítima combinada no mar Vermelho contra ataques a navios cargueiros de petróleo (Foto: Divulgação)
Força marítima combinada no mar Vermelho contra ataques a navios cargueiros de petróleo (Foto: Divulgação)

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  • Petróleo cai com especulação de cessar-fogo em Gaza

  • Vendas de gasolina e diesel batem recorde, diz ANP

  • Google fecha acordo com Shell para eólica offshore

  • Volkswagen vai produzir híbridos e consumir biometano

 

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Os preços futuros do petróleo caíram mais de 2% nesta quinta-feira (1º/2) em meio a especulações sobre uma proposta de cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas em Gaza. Esse e outros conflitos no Oriente Médio, como os ataques houthis a navios no Mar Vermelho, e de rebeldes iranianos a bases norte-americanas têm pressionado a cotação da commodity para cima nos últimos meses.

– Os rumores de que o Hamas teria aceitado a proposta israelense de parar os ataques em troca da libertação dos reféns ainda em poder do grupo terrorista circularam ao longo do dia, mas foram negados pelo Catar, que tem atuado como mediador.

  • A cotação do barril de petróleo Brent, referência global, caiu 2,5%, para US$ 78,70. Já o WTI, dos Estados Unidos, fechou em baixa de 2,7%, a US$ 73,82 por barril.
  • volatilidade dos preços deve continuar, segundo analistas, com fatores pressionando tanto do lado da oferta quanto da demanda.

Corte saudita sem efeito. A decisão da Saudi Aramco de suspender a expansão de sua capacidade de produção de petróleo para 13 milhões de barris por dia terá pouco efeito, pois a oferta será absorvida pelo mercado, afirma a Wood Mackenzie.

– Os analistas estimam que a produção saudita continuará no patamar de 9 milhões de bpd, deixando uma margem de 3 milhões de bpd, que é a principal ferramenta de regulação de preços entre os países da Opep.

EUA respondem ao Irã. Pressionando a oferta, o governo norte-americano aprovou planos de promover uma série de ataques no Iraque e na Síria em resposta aos disparos de drone de rebeldes iranianos que deixaram militares mortos e feridos na Jordânia.

– Há um temor que os ataques possam escalar ainda mais o conflito e iniciar uma guerra direta com o Irã, mas também forte pressão por uma resposta incisiva dos EUA.

  • Enquanto isso, os rebeldes houthis não dão sinais de interromper as agressões a navios de carga no Mar Vermelho, o que já impacta os preços do transporte.

Venda de combustíveis bate recorde. As vendas de diesel B (com biodiesel) e gasolina C (com etanol) bateram recordes em 2023, segundo dados da ANP.

– Foram 65,5 bilhões de litros de diesel em 2023, alta de 3,6%, e 46 bilhões de litros de gasolinaaumento de 6,9% em comparação ao ano anterior.

  • Também foram vendidos 16 bilhões de litros de etanol hidratadocrescimento de 5,1% no período.

Petrobras baixa QAV, mas sem “canetaço”. A estatal anunciou, nesta quinta-feira (1º/2), o corte de 0,4% (R$ 0,014 por litro) no preço do querosene de aviação.

– A queda é resultado do reajuste mensal feito pela companhia, que reflete as variações na cotação internacional do petróleo, e não tem relação com incentivos às companhias aéreas anunciados pelo governo federal.

  • O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que não vai baixar o preço do querosene de aviação com um “canetaço” para ajudar as aéreas.
  • O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a crise enfrentada pelo setor aéreo não pode ser atribuída apenas ao preço do QAV.

Roraima tem o GLP mais caro. Com o aumento do ICMS sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP), Roraima terá o botijão de gás de cozinha mais caro do país, custando em média R$ 145,08, segundo dados da ANP.

– O mais barato será vendido em Pernambuco, a R$ 105,17 em média por botijão.

Diretora substituta na ANP. Patricia Huguenin Baran vai assumir, como substituta, a vaga na Diretoria 4 da ANP, aberta com o fim do mandato de Cláudio Jorge de Souza, em dezembro. A convocação foi publicada nesta quinta-feira (1º) no Diário Oficial.

– Estão vinculadas à Diretoria 4 as superintendências de Infraestrutura e Movimentação (SIM), de Defesa da Concorrência (SDC), de Exploração (SEP) e de Avaliação Geológica e Econômica (SAG).

  • A diretoria estava sendo ocupada provisoriamente pelo superintendente de Segurança Operacional, Luiz Henrique Bispo.
  • Atual superintendente de Infraestrutura e Movimentação, Patrícia Baran é a primeira substituta na nova lista tríplice da agência.

Energy SumMIT 2024. A agência epbr fará uma cobertura especial do Energy SumMIT 2024, o maior evento sobre inovação e empreendedorismo em energia do mundo, que acontecerá entre os dias 17 e 19 de junho, no Rio de Janeiro.

– A cobertura é fruto de uma parceria, para produção de conteúdos, entre a agência epbr e a MIT Technology Review Brasil, braço de conteúdo do MIT norte-americano em nosso país.

  • epbr terá um estúdio dentro do evento e vai transmitir ao vivo no canal da agência no Youtube entrevistas com os principais executivos e autoridades do setor com discussões sobre os temas mais importantes para o mercado.

Diálogos da Transição. Um consórcio formado pela Airbus, empresas de energia e operadores aeroportuários vai estudar a viabilidade de uma infraestrutura de hidrogênio em aeroportos na Noruega e Suécia.

– A Airbus é uma grande interessada no projeto porque está desenvolvendo aeronaves com propulsão a hidrogênio e eletrocombustível (e-SAF).

  • Os primeiros projetos estão previstos para começar em 2035, mas a homologação de novas tecnologias nessa indústria é longa, por conta das exigências de segurança.

Google aposta na eólica offshoreA gigante de buscas anunciou uma série de acordos de compra e venda de energia elétrica somando 700 MW na Europa, incluindo o maior contrato de eólica offshore de sua história, assinado com a Shell e a Eneco.

– Este acordo envolve a construção de dois novos parques eólicos offshore, HKN V e HKW VI, na costa dos Países Baixos, com 478 MW de capacidade instalada.

CEOs x risco climático. 65% dos CEOs brasileiros do setor de energia afirmam que as empresas em que atuam já incorporam os riscos climáticos ao planejamento financeiro, mostra pesquisa da PwC. Quando considerados os executivos de todos os setores, apenas 43% dizem adotar a prática.

Mais lítio em Minas Gerais. A Sigma Lithium anunciou um aumento de 27% na estimativa de suas reservas de lítio, chegando a 109 milhões de toneladas, na Grota do Cirilo, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

– Com isso, segundo a companhia, a mina brasileira torna-se o quarto maior complexo industrial pré-químico de beneficiamento e mineração de lítio do mundo.

Volkswagen investe em híbridos e biometano. A montadora alemã anunciou o aumento de investimentos e a produção de seus primeiros veículos híbridos no Brasil.

– Os aportes serão ampliados de R$ 7 bilhões para R$ 16 bilhões até 2028 e envolverão também o uso de biometano nas fábricas para reduzir emissões.

  • As unidades de Anchieta e Taubaté, em São Paulo, vão usar mais de 50 mil m3 diários de biogás, fornecidos pela Raízen.

Mulheres que lideram a transição. Reportagem da Folha de S. Paulo traz os perfis de cinco executivas que estão liderando a transição energética no Brasil: Clarice Romariz (TAG), Elbia Gannoum (Abeeolica), Fernanda Delgado (ABIHV), Paula Dalbello (EDP Renováveis) e Renata Isfer (Abiogás).

Parecer da Aneel beneficia JBS. A agência reguladora informou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que a Âmbar Energia, da J&F, concluiu as térmicas Edlux X, EPP II e Rio de Janeiro I, do leilão emergencial de 2021, abrindo espaço para que a empresa dos irmãos Batista chegue a um acordo e garanta o contrato de fornecimento estimado em R$ 10 bilhões.

“Espiral da morte” na energia elétrica. Os encargos embutidos nas tarifas de eletricidade cresceram 326,5% em dez anos, passando de R$ 32,8 bilhões para R$ 139 bilhões, mostra levantamento da Folha.

– Os subsídios foram os principais responsáveis pelo aumento de 35% nas contas de luz entre 2013 a 2023, período em que o custo da energia cresceu apenas 9%.

  • Essa alta cria uma “espiral da morte”, ao empurrar mais consumidores ao mercado livre, deixando os encargos para um número cada vez menor de clientes do ambiente regulado, afirma Mario Menel, presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico.

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