Petróleo cai à espera da OPEP

041028-N-1348L-128
The guided missile cruiser USS Mobile Bay (CG 53) (left) patrols the waters surrounding the Al Basrah oil terminal as two Iraqi tug boats guide a super oil tanker into place on Oct. 28, 2004.  The tanker will remain in port for the next several days taking on crude oil.  The Mobile Bay is among several U.S. Navy, U.S. Coast Guard and coalition ships that share the responsibility of patrolling and safeguarding Khawr Al Amaya and Al Basrah oil terminals.  DoD photo by Petty Officer 1st class David C. Lloyd, U.S. Navy.   (Released)
041028-N-1348L-128 The guided missile cruiser USS Mobile Bay (CG 53) (left) patrols the waters surrounding the Al Basrah oil terminal as two Iraqi tug boats guide a super oil tanker into place on Oct. 28, 2004. The tanker will remain in port for the next several days taking on crude oil. The Mobile Bay is among several U.S. Navy, U.S. Coast Guard and coalition ships that share the responsibility of patrolling and safeguarding Khawr Al Amaya and Al Basrah oil terminals. DoD photo by Petty Officer 1st class David C. Lloyd, U.S. Navy. (Released)

Essa newsletter é enviada primeiro
aos assinantes, por e-mail.

COMECE SEU DIA

APRESENTADA POR 

Quem faz
Editada por Gustavo Gaudarde
[email protected]

em jogo

Atualização: Combustíveis vão subir 5% na terça (2) após reajuste da Petrobras

A valorização do Brent em fevereiro poderia ter sido maior não fosse o desempenho negativo dos preços do petróleo na sexta (26/2), quando recuaram com força, pressionados pela valorização do dólar, em momento em que o mercado espera que a oferta da commodity aumente em resposta à volta das cotações aos níveis pré-pandemia.

— Os contratos futuros do Brent para abril, que expiraram na sexta, fecharam a sessão em queda de US$ 0,75 (-1,12%), a US$ 66,13 o barril. Já os futuros do WTI recuaram US$ 2,03 (-3,2%), para US$ 61,50 o barril.

— A queda de sexta refletiu uma realização de lucros depois que tanto Brent quanto WTI subiram quase 20% no mês, impulsionados por interrupções de oferta nos EUA e pelo otimismo com a recuperação de demanda graças aos programas de vacinação contra a covid-19.

— Os investidores também estão apostando que a reunião do OPEP+, marcada para esta semana, resultará no retorno de mais oferta ao mercado. Investing.com, com Reuters

— A reabertura das negociações com o Irã, pelo acordo de controle do desenvolvimento de armas e tecnologia nuclear, pode impactar a oferta de óleo. Sob fortes embargos impostos durante o governo Trump, a volta do Irã ao mercado oficial de óleo pode resultar em um aumento de oferta de 500 mil barris/diaBloomberg

Vale a leitura: A diplomacia multilateral do petróleo: gerenciando pelo lado da oferta, por Fernanda Delgado e Najad Khouri

— Semana passada, a Índia – grande consumidor de óleo – fez um pedido público pelo aumento da produção do OPEP+ para conter a escalada dos preços (Reuters). A Agência Internacional de Energia espera que o reequilibro do acordo de produção levará a uma rápida redução de estoques no segundo semestre (Estadão)

Petrobras perde 19% na B3. Responsável por parte importante da queda de 4% do Ibovespa em fevereiro, a Petrobras foi o grande destaque negativo do mercado de capitais nacional ao longo do mês. A empresa teve o maior derretimento entre 81 ações da carteira que forma o índice.

— Os papéis ordinários da estatal ficaram na lanterna do mês, com perdas acumuladas de 18,95%. Os preferenciais caíram 16,67% no mesmo período.

— Na contramão do desempenho da Petrobras na B3, houve um rali de 18% dos contratos do Brent no mês, à altura de US$ 66 por barril. Já o dólar registrou alta de 2,45% em fevereiro, aos R$ 5,6047.

— As ações da petroleira privada PetroRio seguiram a tendência do Brent e fecharam fevereiro com valorização acumulada de 18,61%. Valor Investe

Hedge para estabilizar os preços dos combustíveis Em sua coluna no Valor Investe, o pesquisador do Coppead/UFRJ e PhD em Finanças Carlos Heitor Campani, sugere um mecanismo financeiro bastante conhecido para acabar com o impasse causado pela atual política de preços dos combustíveis da Petrobras: o hedge.

— “A solução seria a Petrobras ter uma política de hedge para o preço do barril de petróleo praticado internacionalmente e que impactaria o preço do volume de combustíveis vendidos no mercado nacional.

Com tal política, a Petrobras seria capaz de garantir preços muito mais estáveis para a sociedade brasileira, pelo menos pelo espaço de tempo de 6 meses a um ano.

E o mais interessante é que tal política seria capaz de garantir receitas para a companhia alinhadas com a flutuação de preços do mercado internacional”, diz Campani.

— O especialista conclui seu texto com uma indagação: “A ideia não representa nenhuma revolução e a estratégia de hedge de preços é uma prática bastante comum no mercado. A grande questão é: por que a Petrobras não faz a fim de se evitar a política atual de preços e toda a polêmica envolvida?”

PUBLICIDADE

Biocombustíveis salvam vidas em SP A adição obrigatória de biodiesel ao diesel e etanol anidro à gasolina evita centenas de mortes por ano na região metropolitana de São Paulo, com a redução da emissão de particulados.

— Estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que indicou que as políticas de biocombustíveis possuem impacto positivo “significativo” na saúde humana.

— No caso do biodiesel, com base em variações alternativas de dados captados em 2018 na região, o estudo concluiu que a mistura de 12% de biodiesel no diesel B (B12) evita 277 mortes anualmente e faz com que a população deixe de perder dez dias de vida desde o nascimento.

— Com as demandas de etanol e gasolina observadas em 2018 na região, o consumo do biocombustível causou a redução de 371 óbitos por ano e aumentou a expectativa de vida em 13 dias na comparação com um cenário em que não há qualquer demanda por etanol, apenas por gasolina. Money Times, com Reuters

Lava Jato. Petrobras recebeu R$ 360 milhões (US$ 65 milhões) em decorrência de acordo de leniência celebrado pela Samsung Heavy Industries, referentes à primeira parcela do acordo de ressarcimento de R$ 705,9 milhões

— Com esses valores, a Petrobras ultrapassa a expressiva marca de R$ 5,3 bilhões em recursos recuperados por meio de acordos de colaboração, leniência e repatriações. Somente no ano passado, por exemplo, a companhia recebeu R$ 797 milhões em ressarcimento de valores referentes à Operação Lava Jato, informou a empresa.

Mangue Seco 2 vendido A Petrobras assinou na sexta (26) com o Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia Pirineus (FIP Pirineus), contrato para a venda de sua participação de 51% na Eólica Mangue Seco 2. A transação decorre do exercício do direito de preferência pelo FIP Pirineus, detentor dos outros 49% da sociedade.

— O valor da venda é de R$ 32,97 milhões, a ser pago em uma única parcela no fechamento da transação, sujeito aos ajustes previstos no contrato.

— A conclusão do negócio também depende de aprovação do Banco do Nordeste do Brasil, financiador do desenvolvimento do parque eólico, e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

— A Eólica Mangue Seco 2, de 26 MW, integra um complexo de quatro parques eólicos instalado em Guamaré (RN), totalizando 104 MW de potência instalada. Com a operação, a Petrobras conclui sua saída do complexo de Mangue Seco.

— No início de janeiro, a petroleira assinou com Vinci Infraestrutura Gestora de Recursos, gestora da V2I Transmissão de Energia, contrato para a venda de seus 49% em Mangue Seco 1. No mesmo dia, a Vinci também fechou com a Petrobras e a Wobben Windpower a compra de 100% de Mangue Seco 3 e 4.

PDE 2030 O Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou, na sexta (26/2), o Plano Decenal de Energia 2030, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Versão preliminar do PDE havia sido divulgada em janeiro.

— Prevê investimentos de R$ 2,7 trilhões nos próximos dez anos, R$ 2,3 trilhões em petróleo, gás natural e biocombustíveis, e R$ 365 bilhões na geração e transmissão de energia elétrica. Poder360

Bandeira amarela em março A Aneel manteve para março a bandeira tarifária amarela nas contas de luz de todo o país. Representa uma taxa extra de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos no mês. É o terceiro mês consecutivo de adoção dessa bandeira.

Por e-mail, você recebe também recebe diariamente a agenda das autoridades

[sc name=”newsletter” ]