Transição energética

Petrobras testa coprocessamento com bio-óleo de eucalipto

Refinaria Riograndense produziu frações de GLP, gás combustível e componentes da gasolina e de combustível marinho com conteúdo renovável

Diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi (Foto Roberto Farias/Petrobras)
Objetivo da Petrobras é transformar a Refinaria Riograndense na sua primeira unidade a fabricar produtos 100% renováveis (Foto Roberto Farias/Petrobras)

LYON (FR) — A Refinaria Riograndense, em Rio Grande (RS), conduziu um teste de coprocessamento de 5% de bio-óleo com produtos fósseis, informou a Petrobras em comunicado. Com isso, a refinaria é a primeira do país em condições de produzir combustíveis com conteúdo celulósico.

O teste ocorreu no processo de craqueamento catalítico, técnica que consiste na quebra de moléculas de petróleo para gerar derivados. Após o coprocessamento, foram geradas frações de gás liquefeito de petróleo (GLP), gás combustível e componentes da gasolina e de combustível marinho com conteúdo renovável.

O catalisador utilizado foi fornecido pela Fábrica Carioca de Catalisadores, enquanto o bio-óleo veio da Vallourec Unidade Florestal.

“O recente teste representa um avanço significativo para o biorrefino global, pois pode viabilizar a transformação de madeira e de outros resíduos agroflorestais, amplamente disponíveis, em derivados típicos do refino de petróleo”, afirmou a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, em nota.

A iniciativa faz parte do Programa BioRefino da petroleira, que tem investimentos de US$ 1,5 bilhão previstos no Plano de Negócios 2025-29.

De acordo com a presidente da estatal, Magda Chambriard, o objetivo da Petrobras é transformar a Refinaria Riograndense em sua primeira unidade a fabricar produtos 100% renováveis, com matéria-prima de óleos vegetais.

A refinaria tem participação societária da Petrobras, Ultra e Braskem.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias