LYON (FR) — A Refinaria Riograndense, em Rio Grande (RS), conduziu um teste de coprocessamento de 5% de bio-óleo com produtos fósseis, informou a Petrobras em comunicado. Com isso, a refinaria é a primeira do país em condições de produzir combustíveis com conteúdo celulósico.
O teste ocorreu no processo de craqueamento catalítico, técnica que consiste na quebra de moléculas de petróleo para gerar derivados. Após o coprocessamento, foram geradas frações de gás liquefeito de petróleo (GLP), gás combustível e componentes da gasolina e de combustível marinho com conteúdo renovável.
O catalisador utilizado foi fornecido pela Fábrica Carioca de Catalisadores, enquanto o bio-óleo veio da Vallourec Unidade Florestal.
“O recente teste representa um avanço significativo para o biorrefino global, pois pode viabilizar a transformação de madeira e de outros resíduos agroflorestais, amplamente disponíveis, em derivados típicos do refino de petróleo”, afirmou a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, em nota.
A iniciativa faz parte do Programa BioRefino da petroleira, que tem investimentos de US$ 1,5 bilhão previstos no Plano de Negócios 2025-29.
De acordo com a presidente da estatal, Magda Chambriard, o objetivo da Petrobras é transformar a Refinaria Riograndense em sua primeira unidade a fabricar produtos 100% renováveis, com matéria-prima de óleos vegetais.
A refinaria tem participação societária da Petrobras, Ultra e Braskem.