Retomada de Araucária

Petrobras faz primeira entrega de Arla 32 da Ansa, no Paraná, após parada de cinco anos

Primeira entrega do aditivo automotivo marca reativação parcial da Ansa, com previsão de operação plena no segundo semestre deste ano

Instalações da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná (Foto Michel Chedid/Agência Petrobras)
Instalações da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná (Foto Michel Chedid/Agência Petrobras)

A Petrobras retomou a produção nacional de Arla 32 — aditivo usado para reduzir emissões de veículos a diesel — e concluiu a entrega do primeiro lote produzido pela Araucária Nitrogenados (Ansa) desde que a planta voltou a operar, em junho.

A estatal informou ainda, nesta quarta-feira (13/8), que a reativação da linha de produção de ureia está prevista para os próximos dias.

A Ansa foi hibernada em 2020 e tem sido gradualmente retomada.

O aditivo Arla 32 está sendo fabricado por meio de um contrato de industrialização por encomenda com a Yara, responsável pelo fornecimento da ureia e pela comercialização do produto final.

A expectativa da estatal é alcançar produção mensal de 3 milhões de litros de Arla 32, inicialmente destinados ao Paraná e a Santa Catarina.

O Arla 32 é uma solução de ureia que, injetada no sistema de escapamento, converte óxidos de nitrogênio (NOx) em nitrogênio e vapor d’água, substâncias inofensivas ao meio ambiente.

A Petrobras prevê investir, ao todo, R$ 870 milhões na reativação da Ansa. A unidade, vizinha à Refinaria Getúlio Vargas (Repar), tem capacidade para produzir 720 mil toneladas anuais de ureia — cerca de 8% do mercado brasileiro —, 475 mil toneladas de amônia e 450 mil m3 de Arla 32.

O diretor de Processos Industriais da Petrobras, William França, afirmou, em nota, que “o setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras” e que a estatal busca ampliar participação no mercado de gás e reduzir “a dependência da importação de fertilizantes no Brasil”.

Quando em plena operação, a Ansa e as demais fábricas de fertilizantes da Petrobras — as fafens da Bahia e Sergipe e UFN-3, no Mato Grosso do Sul — poderão atender cerca de 35% da demanda nacional de ureia, além de amônia e Arla 32, afirma a petroleira.

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