A Petrobras retomou a produção nacional de Arla 32 — aditivo usado para reduzir emissões de veículos a diesel — e concluiu a entrega do primeiro lote produzido pela Araucária Nitrogenados (Ansa) desde que a planta voltou a operar, em junho.
A estatal informou ainda, nesta quarta-feira (13/8), que a reativação da linha de produção de ureia está prevista para os próximos dias.
A Ansa foi hibernada em 2020 e tem sido gradualmente retomada.
O aditivo Arla 32 está sendo fabricado por meio de um contrato de industrialização por encomenda com a Yara, responsável pelo fornecimento da ureia e pela comercialização do produto final.
A expectativa da estatal é alcançar produção mensal de 3 milhões de litros de Arla 32, inicialmente destinados ao Paraná e a Santa Catarina.
O Arla 32 é uma solução de ureia que, injetada no sistema de escapamento, converte óxidos de nitrogênio (NOx) em nitrogênio e vapor d’água, substâncias inofensivas ao meio ambiente.
A Petrobras prevê investir, ao todo, R$ 870 milhões na reativação da Ansa. A unidade, vizinha à Refinaria Getúlio Vargas (Repar), tem capacidade para produzir 720 mil toneladas anuais de ureia — cerca de 8% do mercado brasileiro —, 475 mil toneladas de amônia e 450 mil m3 de Arla 32.
O diretor de Processos Industriais da Petrobras, William França, afirmou, em nota, que “o setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras” e que a estatal busca ampliar participação no mercado de gás e reduzir “a dependência da importação de fertilizantes no Brasil”.
Quando em plena operação, a Ansa e as demais fábricas de fertilizantes da Petrobras — as fafens da Bahia e Sergipe e UFN-3, no Mato Grosso do Sul — poderão atender cerca de 35% da demanda nacional de ureia, além de amônia e Arla 32, afirma a petroleira.