SAF coprocessado

Petrobras certifica refinaria no Corsia para produção de SAF coprocessado

Petroleira obtém certificação internacional para combustível sustentável de aviação

Refinaria Duque de Caxias (RJ) recebeu certificação ISCC CORSIA para produção de SAF (Foto: Mário Nascimento/Agência Petrobras)
Refinaria Duque de Caxias (RJ) recebeu certificação ISCC CORSIA para produção de SAF (Foto: Mário Nascimento/Agência Petrobras)

A Petrobras anunciou nesta quarta (15/10) que a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, recebeu a certificação internacional ISCC CORSIA para produzir e comercializar combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês).

O SAF será produzido a partir do coprocessamento de óleos vegetais com cargas de petróleo, pela rota HEFA (Hydroprocessed Esters and Fat Acids).

O produto terá 1,2% de conteúdo renovável. O restante é querosene fóssil.

A Reduc é a primeira refinaria no Brasil a receber a certificação que atesta a conformidade do combustível com os padrões de sustentabilidade e redução de emissões do Corsia, um programa da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao, em inglês) para o net zero do setor.

Até então, apenas produtores de etanol tinham obtido o selo no Brasil. A Raízen foi a primeira do mundo a certificar o biocombustível para a produção de SAF, em 2023.

De acordo com a Petrobras, o processo de certificação foi iniciado após a obtenção da autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a produção do combustível em maio deste ano.

A Reduc possui autorização da ANP para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF coprocessado.

Ainda de acordo com a petroleira, a previsão é que, a partir dos próximos meses, a refinaria inicie a operação para comercializar até 50 mil m³/mês (10 mil bpd) do combustível.

A estatal também afirma que o teor renovável é compatível com a exigência de redução de 1% das emissões de gases de efeito estufa para a aviação doméstica em 2027, prevista na lei do Combustível do Futuro.

“O SAF produzido por coprocessamento é um produto competitivo que fortalece a transição energética justa no setor de aviação e coloca o Brasil na vanguarda das exigências do Combustível do Futuro”, afirma o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.

“Ao atender rigorosos padrões internacionais, já demonstra, na prática, como a indústria nacional pode se antecipar às demandas globais e abrir caminho para uma aviação mais sustentável”, completa.

A petroleira também está testando o coprocessamento na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP).

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