RIO — A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (20/4) que assinou contrato para ampliação e modernização da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. As obras serão feitas nas unidades já em operação, no Trem 1, e permitirão aumentar em 15 mil barris/dia a capacidade total de processamento da refinaria, dos atuais 115 mil para 130 mil barris/dia.
A conclusão da expansão é esperada para o quarto trimestre de 2024 e viabilizará o aumento da oferta de diesel para o mercado brasileiro a partir de 2025, segundo a petroleira.
A modernização envolve as unidades de destilação atmosférica, coqueamento retardado e unidades auxiliares. O projeto está previsto no Plano Estratégico 2023-2027, aprovado na gestão passada, em 2022.
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Em paralelo, a Petrobras começou a revisão de seu plano estratégico quinquenal e vai divulgar no fim do ano o novo planejamento para o período 2024-2028.
Esta semana, o atual gerente executivo de Estratégia da Petrobras, Maurício Tolmasquim, destacou que a descarbonização dos produtos da empresa será um dos temas que devem ter mais espaço no novo plano.
Prates defende bio-petro-gás refinarias
Em artigo recente, o presidente da empresa, Jean Paul Prates defendeu que a companhia deve “aplicar a experiência e a excelência técnica da Petrobras no desenvolvimento de bioprodutos e em novas fronteiras de energia renovável, em busca de oportunidades para diversificação” das operações.
Ele citou os planos da Petrobras para “converter nossas unidades de refino em bio-petro-gás refinarias”, para processamento dos “combustíveis de nova geração”.
Esta semana, a Petrobras reforçou a intenção de rever os compromissos com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a venda de suas refinarias.
Enquanto isso, traça planos de investimentos em biorrefino em unidades colocadas à venda no governo de Jair Bolsonaro (PL), como a Rnest.
A companhia estuda plantas dedicadas de diesel renovável na refinaria pernambucana e no Polo Gaslub (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ) – além de expandir a produção do diesel coprocessado na Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais. Já produz na Presidente Vargas (Repar), no Paraná.
São unidades que foram colocadas à venda.
“Nós respeitamos as alegações do Cade, mas temos agora que nos defender, tanto no caso dos combustíveis, que nos obrigaram a vender refinarias, a nosso ver indevidamente, sem a defesa à altura que o caso merecia, como na questão do gás”, afirmou Prates, ontem, a jornalistas, após evento na Fiesp