Menos enxofre

Petrobras amplia capacidade de produção de diesel S-10 em Paulínia e prepara refinaria para fim de S-500

Estatal informa início da operação de nova unidade de hidrotratamento de diesel na Replan

Refinaria de Paulínia (Replan) é a maior do Brasil em capacidade de processamento (Foto Marcos Peron/Agência Petrobras)
Refinaria de Paulínia (Replan) é a maior do Brasil em capacidade de processamento (Foto Marcos Peron/Agência Petrobras)

LYON (FR) — A Petrobras iniciou, nesta terça-feira (27/5), a operação de uma nova Unidade de Hidrotratamento de Diesel (HDT-D) na Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, a maior do Brasil em capacidade de processamento.

A entrada em operação vai possibilitar a ampliação da produção de diesel S-10 em até 63 mil barris por dia (mbpd), e de querosene de aviação (QAV) em até 21 mbpd. 

“A entrada em operação do novo HDT-D na Replan demonstra o empenho da Petrobras em ampliar a produção de Diesel S10 e QAV. Estamos reafirmando nossa estratégia de oferecer ao mercado produtos mais eficientes e, ao mesmo tempo, preservando a sustentabilidade financeira da companhia”, disse, em nota, o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França.

A ampliação faz parte da estratégia da companhia de retirada do diesel S-500, que tem 500 partes por milhão (ppm) de enxofre, e substituição pelo S-10 (10 ppm de enxofre).

O Plano de Negócios 2025-2029 da companhia prevê que US$ 20 bilhões sejam investidos em refino, transporte e comercialização, com objetivo de aumentar a capacidade do parque de refino, ampliar a oferta de produtos de alta qualidade, como diesel S10 e lubrificantes, e de combustíveis de baixo carbono.

Em 2022, a estatal anunciou planos de chegar a 2026 com todo o diesel produzido sendo S-10.

Enquanto o combustível com maior teor de enxofre é utilizado em veículos produzidos até 2011, o S-10 é usado nos produzidos a partir de 2012, para atender aos limites de emissões definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Segundo a companhia, a utilização do S-10 em veículos produzidos antes de 2012 não traz nenhum problema mecânico, mas pode aumentar o consumo desse combustível, que já é mais caro do que o com maior teor de enxofre.

A estatal prevê, ainda, investimentos da ordem de US$ 15,2 bilhões (cerca de R$ 86,56 bilhões) nos próximos cinco anos, a fim de “expandir a capacidade de refino e posicionar suas refinarias entre as melhores do mundo em eficiência e desempenho operacional”.

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