Combustíveis e Bioenergia

Novo recorde na importação de combustíveis russos

Brasil deve comprar, este mês, cerca de 235 mil barris/dia da Rússia, um aumento de 25% nas importações de derivados

Brasil deve bater novo recorde na importação de combustíveis russos em agosto de 2023, um aumento de 25% ante julho. Na imagem: Vista aérea de três embarcações em terminal de Derivados de Alemoa, da Petrobras, no Porto de Santos (Foto: Divulgação)
Terminal de Derivados de Alemoa, Petrobras, no Porto de Santos (Foto: Divulgação)

COMECE SEU DIA

APRESENTADA POR

Logo Mattos Filho

Entre em contato
[email protected]

Você vai ver aqui: Brasil deve comprar, este mês, cerca de 235 mil barris/dia da Rússia, um aumento de 25% nas importações de derivados.

Jean Paul Prates pede fiscalização nos postos. Petróleo volta a subir. Citi vê oferta robusta e demanda superestimada para 2024. Unigel prepara retorno da Fafen de Sergipe.

ONS promete mais detalhes sobre apagão na semana que vem. Governo apresenta metas do programa nacional do hidrogênio.

Quer receber primeiro por email? Assine gratuitamente aqui

Novo recorde na importação de combustíveis russos. Brasil deve comprar, este mês, cerca de 235 mil barris/dia da Rússia, um aumento de 25% nas importações de derivados daquele país ante julho, estima a empresa de análise de energia Kpler Ltd.

– A Rússia supera, este ano, os EUA na posição de principal fornecedora de diesel do mercado brasileiro, enquanto Moscou busca novos mercados após sanções da União Europeia.

Jean Paul Prates pede fiscalização nos postos. Presidente da Petrobras foi às redes sociais pedir o olhar das autoridades na proteção ao consumidor, após notícias veiculadas na imprensa informarem que o litro da gasolina já estava custando mais de R$ 6 nos postos do Rio de Janeiro.

– Ele alega que o reajuste do preço do combustível anunciado esta semana pela empresa nas refinarias, se repassado integralmente, deveria elevar os preços no Rio a, no máximo, R$ 5,73 o litro, considerada a média dos preços cobrados nos postos.

Petróleo volta a subir. O Brent para outubro fechou a sessão de quinta (17/8) com valorização de 0,8%, a US$ 84,12 o barril. A recuperação foi apoiada pela sinalização do Banco do Povo da China de que aumentará os estímulos econômicos para reverter a queda na demanda interna e mitigar a crise do setor imobiliário.

Citi vê oferta robusta e demanda superestimada para 2024. Os suprimentos globais da commodity devem ser muito mais robustos neste ano e no próximo do que o esperado, disseram analistas do banco, incluindo Ed Morse. A produção extra virá da Rússia, assim como dos produtores mais problemáticos como Irã, Iraque, Líbia, Nigéria e Venezuela.

– Do lado do consumo, “o mundo parece exagerar substancialmente o crescimento da demanda chinesa”, a Europa arrisca entrar em recessão e os EUA podem sofrer uma desaceleração, disse o Citi.

ANP abre novos ciclos para Oferta Permanente. Empresas têm até 28 de setembro para apresentar declaração de interesse pelas áreas em oferta no  4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão e no 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha (OPP). A ANP espera realizar as sessões públicas de ofertas no dia 13 de dezembro.

Investimentos globais em exploração começam a se recuperar. Os gastos das petroleiras voltarão a crescer a partir deste ano e devem atingir uma média anual de US$ 22 bilhões nos próximos cinco anos, estima a consultoria Wood Mackenzie. Desde 2020, os gastos exploratórios têm permanecido abaixo dos US$ 20 bilhões. A recuperação, contudo, não será suficiente para fazer o mercado voltar aos níveis vistos na década passada.

Com Búzios, CNOOC bate recorde de produção. A petroleira chinesa aumentou em 8,9% a sua produção de hidrocarbonetos no primeiro semestre, para 332 milhões de barris de óleo equivalente. A produção na China cresceu 7%, enquanto o portfólio internacional avançou 14%, puxado pelo campo de Búzios, no pré-sal brasileiro.

Unigel prepara retorno da Fafen de Sergipe. Empresa vai retomar a produção de ureia a partir de setembro. Segundo o CEO da Unigel, Roberto Noronha Santos, a movimentação se dá depois de uma discreta melhoria do ciclo petroquímico como um todo:

“O cenário da indústria química ainda se mostra desafiador, mas nós entendemos que é um momento de retomar as atividades de forma gradual e responsável. Prevemos um aumento da demanda de ureia até o final do ano em razão da próxima safra de inverno”, disse.

União Europeia perto da meta de armazenamento de gás. Dados recentes do Gas Infrastructure Europe indicam que os níveis de estocagem da UE eram de 89,9% na terça (15/8). E 11 dos 27 países do bloco tinham estoques acima de 90%, a maioria dos outros perto disso.

Ucrânia descarta negociações com Rússia por gás. O ministro da energia ucraniano, German Galushchenko, descartou a perspectiva de Kiev vir a participar de quaisquer negociações com Moscou sobre o trânsito de gás depois que o acordo existente expirar no fim de 2024.

ONS promete mais detalhes sobre apagão na semana que vem. O Operador Nacional do Sistema Elétrico informou que está prevista para o próximo dia 25 de agosto reunião com os agentes envolvidos, o Ministério de Minas e Energia e a Aneel, para uma avaliação detalhada das causas e das consequências do blecaute do dia 15. Os dados serão consolidados num Relatório de Análise da Perturbação (RAP), a ser concluído em 30 dias

Lula tira ações da Eletrobras de plano de privatizações. O presidente petista excluiu do Programa Nacional de Desestatização as ações da companhia que ainda estão em posse da União. Após a privatização da Eletrobras, em 2022, a União ainda manteve cerca de 42% das ações ordinárias da empresa.

Brics. Biofertilizantes, um fundo para energia limpa; carteira prioritária de infraestrutura; e investimentos em portos de pequeno porte, ferrovias e transporte marítimo de curta distância para diminuir a pegada de carbono. São quatro das dez prioridades elencadas pela indústria brasileira para discussão na reunião dos Brics: Transição energética na cúpula dos Brics

Eletrocombustíveis avançam e Brasil pode surfar onda. A Highly Innovative Fuels Global (HIF Global) fechou este mês um acordo comercial com a Honeywell para o uso da tecnologia desenvolvida pela companhia norte-americana para a produção de eSAF, combustível sustentável de aviação (SAF) produzido a partir do metanol.

– Empresa aponta que alto percentual de renováveis na matriz elétrica brasileira favorece a participação do país na cadeia produtiva dos combustíveis avançados

Governo apresenta metas do programa nacional do hidrogênio. MME apresentou algumas metas do Plano Nacional Trienal 2023-2025 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), nesta quarta-feira (16/8), durante reunião ampliada com o setor privado, que vê avanços, mas espera detalhes das ações.

– Um dos destaques da atualização é o foco na produção de hidrogênio de baixo carbono, incluindo fontes renováveis de energia, biomassa e combustíveis fósseis com captura, e armazenamento ou uso de carbono, e nuclear. No texto do PNH2, a preferência pelas rotas de baixo carbono não está explícita.

CNT defende subsídios para hidrogênio no transporte. Gerente ambiental da CNT, Erica Marcos, defende que a adoção dos veículos elétricos a célula a combustível possibilita operações mais limpas e estáveis às transportadoras.

EDF Renewables analisa planta de hidrogênio no Ceará. O grupo tem a ambição de atingir 3 GW de eletrolisadores instalados mundialmente até 2030. A partir do acordo, a companhia planeja desenvolver estudos e analisar a construção de uma planta de produção de hidrogênio verde – possibilitando, inclusive, uma aproximação com universidades locais.

Nasce a 1ª bolsa exclusiva de créditos de carbono do Brasil. A B4 será uma plataforma de negociação de ativos digitais (tokens) lastreados em carbono positivo para empresas que usam os créditos para compensar suas emissões nas estratégias net zero e espera movimentar R$ 12 bilhões no seu primeiro ano de operação

Governo cria programa de descarbonização Energias da Amazônia. Iniciativa prevê investimento de R$ 5 bilhões para conectar sistemas isolados, que usam geração de energia a diesel, ao Sistema Interligado Nacional (SIN).