Importadores calculam defasagem de 8% nos preços da Petrobras uma semana após reajuste

Justiça do Rio manda prender acusados de furtar gasolina da Transpetro. Na imagem: Conjunto de tubulações metálicas, em primeiro plano, e embarcação de grande porte, ao fundo, em terminal marítimo Madre de Deus, da Transpetro (Foto: Divulgação)
Terminal Madre de Deus, da Transpetro (Foto: Divulgação)

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Editada por Gustavo Gaudarde
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A alta nos preços do petróleo desde o reajuste da Petrobras de 19 de fevereiro já provoca, segundo cálculos de importadores, uma defasagem média de 8% entre os preços domésticos e internacionais do diesel e da gasolina.

— Quando a Petrobras promoveu o reajuste na semana passada, com uma correção maior do que a que vinha praticando nos meses anteriores, o diesel subiu 15% e a gasolina, 10%.

— Na época, a Abicom – Associação Brasileiras dos Importadores de Combustíveis – calculou que o apenas o diesel havia atingido a paridade.

— De acordo com a associação, a defasagem na importação é de 18 a 21 centavos para a gasolina; e de 20 a 23 centavos para o diesel.

As pressões inflacionárias podem ter um alívio momentâneo, com a maior oferta de óleo do Golfo Pérsico. O OPEP+ caminha para alívio dos cortes de produção.

— Os contratos futuros do petróleo fecharam sem direção única nessa quinta (25/2), com o WTI fechando no seu maior nível desde maio de 2019, enquanto o Brent fechou em queda, pressionado pela possibilidade de uma redução dos cortes da produção pelo OPEP+ na próxima semana.

— O Brent para abril fechou a sessão em queda de 0,23%, a US$ 66,88 o barril. Já o WTI para o mesmo mês subiu 0,49%, a US$ 63,53 o barril.

— A expectativa é de que o OPEP+ grupo eleve a produção em 500 mil barris por dia, e os investidores avaliam a possibilidade de um fim ao corte unilateral de 1 milhão de barris por dia da Arábia Saudita. Valor

Estatais com visão social O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nessa quinta (25) que toda estatal do seu governo precisa ser comandada com “visão social”. A declaração foi feita dias após o presidente anunciar a demissão de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras.

— “Uma estatal tem que ter a sua visão de social (…) Não podemos admitir uma estatal com presidente que não tenha essa visão. Previsibilidade nós temos que ter, temos que nos antecipar a problemas e ter visão de futuro. Nosso governo se prima por isso”, disse. epbr

Em coletiva à imprensa, Castello Branco enfatizou que não existe separação entre as finanças e as operações da Petrobras e afirmou que são as empresas que geram riquezas para o país, não o Estado.

— “Com a Petrobras endividada, com custo da dívida alto, a parte operacional fica afetada. É das finanças que saem recursos para investir. Com que dinheiro vamos remunerar nossos empregados? Premiar sua performance? Pagar impostos? Nos últimos anos, pagamos R$ 355 bilhões em impostos em diversas esferas do governo. Essa é uma verdadeira contribuição social”, argumentou. G1

— O executivo disse ter sido acusado injustamente de falta de transparência e que “o preço dos combustíveis ainda é alvo de palpites de jogo de futebol”. Segundo ele, as decisões sobre o assunto são reflexo do mercado de petróleo e levam em conta princípios de governança. “Ninguém fica sentado em casa aumentando preços, é um trabalho de equipe.”

— Ao praticar preços inferiores aos do mercado internacional, a estatal vai impedir a importação de combustíveis e, consequentemente, a concorrência, lembrou. Ele argumentou ainda que uma parcela relevante da dívida da empresa é cobrada na moeda norte-americana.

— “Espero viver um dia em que o debate sobre preços de combustíveis deixará de ser relevante”, afirmou. Estadão

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Biodiesel. 78º leilão da ANP negociou 1,3 bilhão litros de biodiesel para atendimento à mistura obrigatória de 12%, entre 1º de março a 30 de abril. Resultado foi homologado nessa quinta (25).

— O preço médio de negociação foi de R$ 4,708/litro, sem considerar a margem da adquirente, e o valor total negociado atingiu R$ 6,15 bilhões, refletindo um deságio médio de 20,71% quando comparado com a média ponderada dos “Preços Máximos de Referência” regionais (R$ 5,939/L).

FPSO em Sergipe. A Petrobras pretende lançar este ano a licitação para contratação do FPSO de águas profundas de Sergipe, informou Rudimar Lorenzatto, diretor executivo de Desenvolvimento da Produção.

— O projeto foi adiado – a contratação chegou a ser planejada para 2019, mas o projeto acabou saindo do plano de negócios. Também é um dos projetos à venda – a Petrobras abriu em 2018 a possibilidade de entrada de sócios nos futuros campos de gás natural e petróleo leve. Sem novidades desde então.

— A FPSO de Sergipe vai abrir uma nova fronteira de produção de gás natural no país. O projeto (que sempre pode mudar) prevê a construção de rota offshore, uma unidade de processamento e a conexão com a malha de transporte. O estado tem um terminal de GNL em operação, associado a geração de energia.

Sem decisão sobre térmica no Gaslub. A Petrobras ainda não tomou uma decisão investimentos em geração termoelétrica em Itaboraí, no antigo Comperj, em Itaboraí (RJ). Hoje chamado de Gaslub, o projeto será um hub de gás e lubrificantes – vai receber, por exemplo, o gás da cessão onerosa escoado pelo Rota 3.

— O plano vigente é a conexão da UPGN do Comperj com a rede existente de gasodutos de transporte. Com a estratégia – ao menos da atual gestão de Castello Branco – para concentrar a atuação no Sudeste, em ativos associados ao pré-sal, a Petrobras considera desde 2019 realizar novos investimentos termoelétricos. Chegou a considerar uma parceria com a Equinor.

— Em coletiva de imprensa nessa quinta (25/2), o diretor executivo de refino e gás natural da estatal, Rodrigo Costa, afirmou que o projeto da térmica visa a participações em leilões de energia elétrica. A UPGN do Gaslub deve entrar em operação entre o quarto trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022.

EDP Brasil compra solar A EDP Brasil informou que sua divisão EDP Smart fechou contrato para a aquisição de ativos de energia solar da AES, em negócio que representará um investimento total de R$ 177 milhões. A transação envolve a AES Inova, plataforma de investimentos em geração distribuída.

— Em comunicado, a EDP Brasil disse que o valor total do negócio inclui R$ 101,7 milhões pela compra do ativo e mais os aportes previstos para desenvolvimento de projetos já previstos na carteira da AES Inova.

— A companhia ainda destacou que, com a operação, ampliará em 50% o tamanho de sua carteira de projetos em energia solar, colocada como uma das prioridades para investimentos. UOL, com Reuters

Siemens Gamesa compra pás da Aeris A Aeris fechou contrato para fornecer pás eólicas para a Siemens Gamesa, com equivalente a 3,8 GW de potência, pelo valor de R$ 3 bilhões. O contrato deverá vigorar até meados de 2025.

— A negociação com a Siemens Gamesa havia sido antecipada pela Aeris em fato relevante publicado em meados de janeiro. À época, a empresa projetava um acordo de 2,5 bilhões de reais, com vigência até 2024 e equipamentos de 3,3 GW. Money Times

A Alter Conteúdo e a agência epbr lançam no próximo dia 1º de março uma nova newsletter matinal com a cobertura diária e análises do que é destaque nos processos decisórios das grandes empresas e investidores movidos pela governança ambiental, social e corporativa. Acesse estrategiaesg.com.br

 

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