Impasse continua na OPEP+, mas petróleo se mantém em alta

ASSINE A NEWSLETTER E RECEBA PRIMEIRO POR EMAIL

COMECE SEU DIA

APRESENTADA POR 

Contato da redação
epbr@eixos.com.br

em jogo

Sem acordo na OPEP+, o mercado de óleo entra em um cenário de incerteza, mas segue sustentando a alta dos preços, ao menos por enquanto. Na sexta (2/7), a coalizão falhou em chegar a uma saída para o impasse imposto pelos Emirados Árabes Unidos, que colocam o acordo para controle da produção em xeque.

— Negociações recomeçam nesta segunda (5/7). Na mesa está uma proposta para elevar a produção em 400 mil barris por dia, em média, nos últimos cinco meses do ano, o que representaria manter capacidade ociosa e a oferta sob controle. Os Emirados Árabes bloquearam o acordo e querem a liberação da cota.

— Os contratos futuros do Brent ficaram próximos da estabilidade na sexta (2/7), a US$ 76,17 por barril (+0,44%), com o mercado em compasso de espera. Reuters

Por aqui, importadores apontam piora na defasagem entre os preços de mercado e os praticados pela Petrobras.

— Segundo a associação que representa o setor, a Abicom, o diesel tem defasagem média de 6% abaixo dos preços de importação. Os preços estão congelados desde 1º de maio, quando foi feito um corte de 2%.

— Para a gasolina, a defasagem média é de 11%, de acordo com a Abicom – a maior desde janeiro.

Na sexta (2/7), o modelo da Ativa Investimentos indicou que há potencial de aumento de 20% nos preços da gasolina. A defasagem é crescente desde março deste ano.

— “Pelo que estamos acompanhando, tal reajuste não deverá ser dado pela Petrobras tão em breve, uma vez que a companhia tem esperado intervalos maiores para reajustar os preços”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

PUBLICIDADE

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 15 estados e recuaram em outros dez, segundo levantamento do Estadão, com base em dados da ANP. O preço médio nacional caiu 1,47% na semana passada em relação ao período anterior, mas o biocombustível foi mais competitivo que a gasolina apenas no Mato Grosso.

Relator do programa de estímulo da cabotagem, o senador Nelsinho Trad (PSD/MS) tenta viabilizar uma proposta para a BR do Mar ser aprovada no segundo semestre, após o recesso parlamentar.

— O relator evita adiantar trechos do voto para desestimular novas emendas, mas sinaliza abertura para negociar alterações na arrecadação para o Fundo da Marinha Mercante.

— “Não dá para você ir com um projeto dessa magnitude tendo adversários regionais. Isso eu já fiz o ministro Tarcísio [de Freitas] entender”, diz Trad. Entenda o que é negociado.

— O ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, reconhece que o projeto vai mudar no Senado Federal e precisará voltar para a Câmara. Confia que as emendas vão preservar o objetivo principal do projeto, que é flexibilizar as regras de afretamento e baratear o frete.

— “Isso está sendo preservado, e algumas emendas tendem realmente a aperfeiçoar o projeto, contribuir, portanto tem contado também com nosso apoio”, afirma. Broadcast

O governo tentou interferir na indicação de Wilson Ferreira Júnior. para o comando da BR Distribuidora, segundo a Coluna do Broadcast. O executivo deixou a presidência da Eletrobras no início do ano alegando questões pessoais, mas com críticas à falta de empenho do governo Bolsonaro pela privatização da estatal.

— Já privatizada, a BR Distribuidora tinha participação minoritária da Petrobras e a pressão não surtiu efeito, diz a publicação. Na semana passada, a saída definitiva da petroleira da distribuidora foi consolidada com a oferta secundária de ações da estatal na BR.

— “Esta é a primeira operação nos 130 anos da B3 agora – sou do tempo da Bovespa – em que a gente cria uma corporation, um processo de privatização de uma companhia em menos de quatro anos”, comemorou Wilson Ferreira Júnior. A abertura do capital da BR começou em 2017, com o IPO.

Acionista ativista. Um dos novos sócios da BR, Ronaldo Cezar Coelho, por meio do fundo Samambaia, promete que vai cobrar medidas por investimentos ESG, para aumentar a participação da maior distribuidora de combustíveis fósseis do país em investimentos sustentáveis.

— “Quero ser ativista nessa área ambiental. O Wilson e a administração da BR sabem o que fazer [nos negócios]. Vou me concentrar na área ambiental”, disse ao Valor. Com cerca de R$ 1,2 bilhão, o fundo ampliou a participação na empresa de 4% para 7,95%.

Mudanças legais e regulatórias fazem disparar o registro de novos projetos de geração de energia. No primeiro semestre, pedidos de outorga atingem 105,3 GW de capacidade, o que representa 60% da capacidade atual de geração. Levantamento da MegaWhat.

— A MP 998, das tarifas de energia, antecipou um tema que estava previsto na chamada modernização do setor elétrico, tocada pelo MME: retirou subsídios para novos projetos renováveis, para substituir por um mecanismo de valorização de atributos ambientais. Há período de transição, estimando o registro de projetos.

A Refinaria Landulpho Alves (RLAM) foi autuada pelo suicídio de um trabalhador ocorrido em 22 de setembro do ano passado em suas dependências. A RLAM recebeu seis autos de infração.

— As investigações da Auditoria Fiscal do Trabalho, do Ministério da Economia, e do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cesat) da Bahia concluíram que a morte foi causada por condições de trabalho desfavoráveis, ambiente de insegurança, de tensão e de mal-estar coletivo.

— As inspeções foram realizadas em atendimento à denúncia do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-Bahia), filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Plataforma digital para o biogás. Foi lançada a Plataforma de Informações do Biogás (PiBiogás), rede de colaboração digital entre instituições ligadas ao setor de biogás no Brasil.

— A plataforma visa facilitar o acesso a ferramentas digitais, sites institucionais e informações relacionadas ao biogás, bem como fomentar novas ações e parcerias no setor.

— A PiBiogás é uma iniciativa do projeto GEF Biogás Brasil, liderado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e executado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).

Por e-mail, você recebe também recebe diariamente a agenda das autoridades

[sc name=”newsletter” ]