O Procon de São Paulo pediu à ANP nesta quarta (15) a suspensão de exigência de destroca de botijões de gás durante a pandemia de covid-19 como proposta para inibir a prática de preços abusivos na venda de GLP. A medida, se adotada, desobrigaria as distribuidoras de encher apenas botijões da sua marca.
Para o Procon, a proposta reduz a complexidade da logística no setor, eliminando a necessidade de troca de botijões entre as distribuidoras e reduziria o impacto de gargalos provocados pelos bloqueios em rodovias.
Em vídeo divulgado no site do Procon, o secretário de Defesa do Consumidor e presidente do órgão, Fernando Capez, pede diretamente que a ANP revogue “a resolução que impede uma distribuidora de encher de gás os vasilhames de outras distribuidoras”.
De acordo com ele, a revogação da exigência reduziria o tempo de espera dos consumidores pelos botijões de GLP durante o período de calamidade pública decretado no estado.
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A pandemia de covid-19 provocou um desequilíbrio na oferta do GLP e desde o começo da vigência do decreto de calamidade pública no estado de São Pulo, diz o Procon, há registros de preços abusivos chegando até a R$ 150 na cobrança pela revenda do botijão de 13kg.
Durante webinar promovido pelo politico epbr com a diretoria da ANP, o diretor José Gutman afirmou que a possibilidade defendida pelo governo de São Paulo está fora de questão. Segundo ele, as pautas da ANP no combate aos impactos da pandemia são focadas em medidas emergenciais, não em questões estruturais.
O diretor Felipe Kury disse que o abastecimento de GLP deve ser normalizado em todo o país até a próxima semana. De acordo com ele, a crise teve impacto nas revendas e em alguns casos reduziu o estoque local de 2 a 3 dias em médias para uma capacidade de suprir apenas a demanda diária.
Em abril a Petrobras importou 350 mil toneladas do combustível. “O que se espera é que na ponta os revendedores de combustíveis e de GLP se comportem como bons capitalistas”, disse Castello Branco durante Webinar promovido pela FGV e a epbr.
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