Ernesto Araújo pressiona por cota de etanol que beneficia os EUA, afirma jornal

President Donald J. Trump, joined by Secretary of State Mike Pompeo, meets with Brazil’s Minister of Foreign Affairs Ernesto Henrique Araujo; Brazil Congressman and Foreign Affairs Committee President Eduardo Nantes Bolsonaro and Brazil International Affairs Advisor Filipe Martins on Friday, Aug. 30, 2019, in the Oval Office of the White House. (Official White House Photo by Joyce N. Boghosian)
President Donald J. Trump, joined by Secretary of State Mike Pompeo, meets with Brazil’s Minister of Foreign Affairs Ernesto Henrique Araujo; Brazil Congressman and Foreign Affairs Committee President Eduardo Nantes Bolsonaro and Brazil International Affairs Advisor Filipe Martins on Friday, Aug. 30, 2019, in the Oval Office of the White House. (Official White House Photo by Joyce N. Boghosian)

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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O chanceler Ernesto Araújo pressiona seus pares no governo para reverter a decisão de encerrar a cota de importação de etanol que beneficia os produtores dos EUA.

— Segundo informações do Valor, Araújo tenta conseguir uma prorrogação da cota por 30 a 90 dias, proporcional ao volume de 750 milhões de litros por ano. E garante que, neste período, consegue um acordo de contrapartidas com Washington que justifique o benefício – como maior abertura para o açúcar brasileiro (pauta do setor sucroalcooleiro) ou a reversão da taxa sobre aço semiacabado.

— O prazo de 90 dias coincide com a proximidade das eleições presidenciais americanas, em que Donald Trump tenta a reeleição contra o democrata Joe Biden.

A princípio, o governo decidiu não renovar a cota de isenção tarifária para a importação de etanol, criada em 2010. Com a decisão, o etanol importado de países que não fazem parte do Mercosul passará a pagar 20% de Imposto de Importação. Os EUA respondem por 90% do volume de etanol importado. G1

— Repercussão no Valor destaca que a pressão dos produtores brasileiros de etanol de milho pesa na decisão do governo. Para eles, seria uma “incoerência comercial e ambiental” conceder livre mercado para a produção norte-americana, poluente e subsidiada.

— “Um conjunto de fatores pode entrar na negociação com os EUA, desde o açúcar, até a taxação da importação. E vai também na linha de investimentos em infraestrutura, conectividade, logística, cabotagem, que são importantes como estratégia e competitividade para o agronegócio nacional”, afirmou Alceu Moreira (MDB/RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ao jornal.

— “Não é justo o nosso governo ter uma política para uso do etanol, com obrigatoriedade de adição na gasolina, e o produtor de etanol americano vir gozar do programa ambiental brasileiro com milho subsidiado”, afirma Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem).

O fim da isenção tarifária sobre o etanol pode ter como pano de fundo uma iniciativa dos EUA de adotar medidas para conter as importações de aço oriundo do Brasil e do México.

— O Escritório de Comércio norte-americano anunciou que estava tomando medidas adicionais para conter as importações de aço do Brasil e do México, em razão da deterioração das condições do mercado dos EUA diante da pandemia de coronavírus. Reuters

Votação do Lei do Gás prevista para esta terça (1º) na Câmara dos Deputados, pode avançar com criação do novo marco regulatório do setor.

— Governo apoia relatório de Laercio Oliveira (PP/SE). As distribuidoras tentam promover alterações, com foco na inclusão de leilões regionais de térmicas inflexíveis para sustentar a ampliação da infraestrutura de gás.

— Em epbr, os dois lados: PL do Gás abre setor à competição: a decisão está com o Congresso Nacional, escrevem Clarissa Lins e Luiz Costamilan (IBP); Térmicas inflexíveis a gás na base: a melhoria indispensável no PL 6407/13, defende Marcelo Mendonça (Abegás).

— Governo garante que PL é suficiente para reduzir o preço do gás – projeta uma queda de até 43% no custo para a indústria. Precisará negociar com um centrão dividido, que pretende incluir as térmicas no projeto.

Confirmada a pauta, vamos acompanhar a votação e repercutir o resultado em nossas redes – @epbryoutube.com/epbrasil e eixos.com.br/gas.

Com temores dos investidores sobre excesso de produção nos EUA, petróleo fechou em queda. O contrato do Brent para novembro recuou 1,15%, a US$ 45,28 por barril, enquanto o do WTI para outubro caiu 0,83%, a US$ 42,61 por barril. Valor

O 75º Leilão de Biodiesel (L75) negociou 1,19 bilhão de litros do biocombustível, para atender à mistura obrigatória temporária de 10% no óleo diesel, movimentando mais de R$ 6 bilhões.

— O preço médio de negociação foi de R$ 5,043/L, sem considerar a margem do adquirente. Representa um ágio médio de 20,64% frente a a média ponderada dos preços máximos de referência regionais (R$ 4,180/L). epbr

Pátria Investimentos anunciou a captação de R$ 10 bilhões para investimentos em infraestrutura na América Latina – energia, logística, transporte, infraestrutura de dados e saneamento, por meio do fundo Pátria Infraestrutura IV.

— “Isso é resultado da redução sustentada da taxa de juros e uma migração da poupança dos brasileiros que estava em renda fixa para ativos com maior perfil de risco e rentabilidade”, afirma Felipe Pinto, sócio do Pátria à Folha.

A ANP publicou a resolução 825/2020, atualizando especificações do GLP que estavam em vigor há 15 anos. De acordo com a agência, o ajuste da tabela de especificações permitirá um melhor acompanhamento dos componentes do GLP, melhorando o controle da qualidade do produto, além de contribuir para a simplificação regulatória.

— A resolução entrará em vigor a partir de 01 de março de 2021, a fim de garantir a adequação para a realização dos ensaios.

Braskem e a norte-americana Chemetry vão investir U$ 18 milhões na construção de unidade de demonstração para produção de dicloro etano (EDC) – uma das matérias-primas de produtos como o PVC – e soda cáustica. A unidade será instalada em Maceió (AL), com operação prevista para o segundo semestre de 2022.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reúne com parlamentares em sessão conjunta sobre o enfrentamento à covid-19. Com boatos sobre a saída de Guedes e a pressão, inclusive interna, para furar o teto de gastos, mercado anseia por compromissos com a política fiscal e privatizações. Estadão

Proposta do governo para o orçamento de 2021 encaminhada ao Congresso Nacional nessa segunda (31) reduz recursos para ministérios ligados a obras e prevê alta no PIB de 3,2%, enquanto estima uma cifra de R$ 92 bilhões para investimentos livres no próximo ano. G1

— Para o Ministério da Infraestrutura, o orçamento caiu de R$ 26,9 bilhões para R$ 24,6 bilhões; no de Minas e Energia, recuo de R$ 48,8 bilhões para R$ 48 bilhões; e para o Desenvolvimento Regional, são R$ 24,2 bilhões, ante R$ 25 bilhões em 2020.

— A pasta do Meio Ambiente também terá menos dinheiro no próximo ano, mesmo com o fato de a gestão ambiental do governo Bolsonaro ter sido alvo constante de críticas nacionais e estrangeiras neste ano. Serão R$ 2,94 bilhões de orçamento, uma queda de 5,4% em relação ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020 (R$ 3,1 bilhões). Folha

— As despesas previstas para o próximo ano somam R$ 1,516 trilhão, o que equivale a 19,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, 93,7% (R$ 1,420 trilhão) serão destinados a despesas obrigatórias. As discricionárias (não obrigatórias) chegam a R$ 96,052 bilhões, mas, como R$ 4 bilhões serão destinados a aumento de capital em estatais (Itaipu Binacional e Eletrobras Termonuclear), os recursos livres serão de R$ 92,052 bilhões. Valor

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