Em sessão volátil, Brent supera US$ 70; Bolsonaro apela por redução do ICMS

Justiça do Rio manda prender acusados de furtar gasolina da Transpetro. Na imagem: Conjunto de tubulações metálicas, em primeiro plano, e embarcação de grande porte, ao fundo, em terminal marítimo Madre de Deus, da Transpetro (Foto: Divulgação)
Terminal Madre de Deus, da Transpetro (Foto: Divulgação)

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Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Preços do Brent no mercado futuro atingiram a máxima de US$ 70,75 por barril nesta segunda (6), uma alta de 1,7% – na sexta, após a confirmação da morte de Soleimani, os preços fecharam em alta de 3,55%, chegando a atingir 4,8% durante o dia. Sessão, até o momento, segue volátil, com mínima de US$ 69,36.

— Não há, entre analistas, um temor de choque na oferta de óleo, que leve a uma alta súbita de preços. Em setembro de 2019, o ataque às instalações da Saudi Aramco gerou um impacto muito mais expressivo no mercado.

— Por aqui, a preocupação do governo é com os preços do combustível. Bolsonaro afirma que não haverá congelamento, mas que “com toda certeza” agirá em caso de disparada de preços.

— Bolsonaro voltou a pedir uma redução do ICMS, cobrado nos estados, pelos preços dos combustíveis. “A gente apela para governadores. Vamos supor que aumente 20% o preço do petróleo, vai aumentar em 20% o preço do ICMS. Não dá para uns governadores cederem um pouco nisso também?”.

Em entrevista ao Valor, Décio Oddone, diretor-geral da ANP, critica interferências no mercado.

“Vale a pena, em um ambiente de transição energética, usar recursos adicionais para subsidiar combustível fóssil e dar sinal de preço equivocado para a economia? Há países que fizeram isso. Pergunto se algum deles teve sucesso econômico”, afirmou.

— Em 2019, os preços médios dos combustíveis veiculares fecharam em alta. A gasolina C subiu 4,86%; o diesel, 8,69% e o etanol hidratado, 11,52%. O gás de cozinha (GLP) recuou 0,06% no fechamento do ano. Dados da pesquisa da ANP.

Enquanto um conflito direto entre Irã e EUA não está descartado, as análises têm se voltado para o risco de aumento de ataques indiretos, por meio de grupos de apoio ligados ao Irã, e à guerra cibernética.

— Também é preciso ficar e olho no avanço do acordo comercial entre China e EUA (a “fase 1” evitou novas tarifas em dezembro, mas ainda precisa ser assinada, talvez, no próximo dia 15). E nas novas frentes abertas pela Casa Branca, que iniciou disputas com países europeus.

No domingo, Trump voltou a ameaçar o Irã no Twitter. Afirmou que em caso de retaliação à morte de Soleimani, os EUA vão responder “talvez de forma desproporcional”.

— O presidente americano já havia afirmado que há 52 alvos iranianos selecionados, alguns de importância para “cultura iraniana”, recebendo críticas por ameaçar a população civil do país.

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Falando em tributaçãopesquisa Jota/Ibpad aponta que 39% dos deputados federais acreditam que é possível aprovar a reforma no primeiro trimestre e 31%, no segundo. Apenas 8,5% afirmam que ela não será aprovada.

“Para 40% dos oposicionistas, a reforma nunca será aprovada. Esse número cai para 12,2% entre os swing voters (grupo de deputados que votam em algumas ocasiões com o governo e outras contra) e apenas 1,5% entre os governistas”.

— Pesquisa ouviu 155 parlamentares, estratificados por grupos de partidos (base, oposição e swing voters).

As prioridades do setor elétrico parecem uma retrospectiva de 2019, destaca o Valor. Na agenda do setor, com forte dependência do Congresso Nacional, está a questão do GSF, que enquanto não for resolvida desestimula investimentos em geração.

… Depende do Senado Federal, centro de uma disputa por cargos no governo federal, o que prejudica a tramitação de matérias.

Para o setor solar, o destaque é a geração distribuída. Os ministérios de Minas e Energia e da Economia são favoráveis à revisão das regras em curso na Aneel, mas Bolsonaro é contra e decidiu interferir…

… Afirmou que conversou com Rodrigo Maia (DEM/RJ) e Davi Alcolumbre (DEM/AP) e ficou acertado o apoio a um projeto para “proibir a taxação da energia solar”, que é o como o presidente, no embalo da campanha contra “taxar o sol”, tem se referido ao assunto.

— Mas Bolsonaro já falou um bocado sobre o assunto, inclusive que a decisão final é da Aneel. Nos ministérios, o entendimento é que é necessário modificar as regras para reduzir o subsídio da geração distribuída.

— Em epbr, resumimos as posições apresentadas na consulta pública da Aneel. O governo Zema (Novo), de Minas Gerais, é contra a revisão. O governo de Bolsonaro, se posiciona a favor.

Mais: Bolsonaro decide intervir na revisão da Aneel que afeta energia solar e promete projeto contra medida

A PBGÁS, distribuidora da Paraíba, encerrou em 1º de janeiro o programa de incentivo à conversão para uso de gás natural veicular, criado em 2012.

— “A PBGÁS entende a relevância do segmento e ratifica o compromisso com o mercado. Por isso, já estuda uma nova estratégia de fortalecimento do mercado GNV e agradece a parceria com motoristas e convertedoras ao longo destes anos”, afirmou a companhia, em dezembro.

— A empresa tem novo comando. A diretoria administrativa, Taciana Amaral, assumiu a presidência da PBGÁS, após a saída de Tatiana Domiciano. Taciana Amaral acumulará a nova função.

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