Combustíveis e Bioenergia

Delta Energia entra no mercado de combustíveis para disputar demanda do agro

Braço do grupo no setor, a Thero Distribuidora espera movimentar até 25 milhões de litros por mês e estrear com 5% do mercado regional

Delta Energia entra no mercado de combustíveis para disputar demanda do agro

BRASÍLIA — O Grupo Delta Energia anunciou nesta segunda-feira (7/7) a entrada para o setor de distribuição de combustíveis. No fim de junho, a companhia obteve a licença de operação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para vender diesel S10 e S500, gasolina e etanol hidratado.

A Thero, braço de distribuição da Delta Energia, será instalada em Cuiabá (MT) e atenderá consumidores finais nos ramos de transportador-revendedor-retalhista (TRR), distribuidoras e redes de postos de bandeira branca. A empresa dispõe de seis tanques e espera uma movimentação mensal entre 20 milhões e 25 milhões de litros por mês.

“Nosso objetivo é iniciar com 5% do mercado regional [MT e MS], com a possibilidade de expansão nacional gradualmente. Já atuamos nesta região com nossas duas fábricas de biodiesel, que têm produção consolidada no mercado. A Thero Distribuidora vai se beneficiar do relacionamento com parceiros locais e  agregamos valor aos nossos negócios com uma cadeia verticalizada”, disse o head da Thero, Humberto Bandeira.

O grupo produz biodiesel em instalações localizadas em Cuiabá e Rio Brilhante (MS), e tem infraestrutura logística de armazenagem em Ribeirão Preto (SP). Para Bandeira, a atuação no Brasil central fortalece a atuação da empresa por estar mais próxima aos clientes.

“Nossa atuação em mais um elo da cadeia de energia – agora em distribuição de combustíveis – é algo complementar e traz posicionamento e vantagem competitiva”, concluiu.

A Delta estreia no setor de distribuição de combustíveis num contexto de mudança para os biocombustíveis. A partir de agosto, o diesel e a gasolina passarão a ser vendidos com maiores teores de biocombustível (15% de biodiesel no diesel e 30% de etanol na gasolina).

Para Bandeira, a lei do Combustível do Futuro é essencial para o crescimento do agronegócio brasileiro, pois garante previsibilidade e consolida o Brasil como referência na transição energética.

“Além disso, seguir com o cronograma significa o reconhecimento da necessidade global de descarbonização e, neste contexto, a indústria do biodiesel pode contribuir. O setor já estava preparado para atender o mercado desde 2024, quando tivemos as definições das diretrizes governamentais”, pontuou.

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