Combustíveis e Bioenergia

Crescem as especulações sobre mudanças na Petrobras

Com Brent em alta e déficit de diesel e gasolina sobre os preços internacionais, governo pode mudar nomes para segurar aumentos até o segundo turno das eleições

Abicom apontava déficit de 13% no preço do diesel e de 10% na gasolina em relação ao mercado internacional, mas Petrobras não dá sinais de que vai reajustar seus preços (Foto Divulgação)
Abicom apontava déficit de 13% no preço do diesel e de 10% na gasolina em relação ao mercado internacional, mas Petrobras não dá sinais de que vai reajustar seus preços (Foto Divulgação)

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Você vai ver aqui: aumento do preço global dos combustíveis eleva especulações sobre mudanças na Petrobras, para evitar aumentos antes do segundo turno. Diesel e gasolina têm defasagem em relação ao mercado externo; preços na bomba param de cair. E mais:

Esteves Colnago surge como nome para a Petrobras Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o secretário do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia foi convidado para assumir uma diretoria da empresa.

— Nos últimos dias, cresceram rumores sobre mudanças na diretoria executiva da estatal. Seria uma estratégia do governo Bolsonaro de ampliar seu controle sobre a empresa e interferir em reajustes dos preços dos combustíveis. A maior preocupação é segurar aumentos até dia 30, quando se realiza o 2o turno das eleições.

— Isso porque, após um 3o trimestre de resultado negativo, o Brent voltou a subir. Nesta manhã, operava em baixa de 0,70%, a US$ 97,23 o barril. Na sexta (7/10), a referência subiu pelo quinto dia consecutivo, fechando a sessão com alta de 3,7%, a US$ 97,92 o barril, e atingindo máxima de cinco semanas, sob influência da decisão da OPEP+.

Apesar dos rumores, em comunicado ao mercado na sexta (7/10), a Petrobras disse que não há “qualquer decisão ou procedimento interno na companhia visando à substituição de membros da diretoria executiva”.

Nesta segunda (10/10), a Abicom (importadores de combustíveis), calcula uma defasagem negativa de 75 centavos (13%) dos preços do diesel no Brasil, em relação ao mercado internacional. Na gasolina, o déficit médio era de 36 centavos (10%).

Termômetro Enquanto a Petrobras segura os preços, a Acelen, que controla a refinaria de Mataripe, na Bahia, anunciou um reajuste. No sábado (8/10), aumentou o preço do diesel S10 em 11,3%, e o da gasolina, em 8,7%. g1

— E após 14 semanas consecutivas de redução, os preços nas bombas mostraram estabilidade, segundo levantamento da ANP. A gasolina – combustível  mais afetado pela lei 194/22, do teto do ICMS, e reduções pela Petrobras – registrou preço médio de R$ 4,79, 0,4% menos do que na semana anterior.

— O diesel teve preço médio de R$ 6,52, valor 0,6% inferior aos sete dias anteriores. O etanol, por sua vez, teve alta de 0,9%, com preço médio de R$ 3,40 por litro. Folha de S. Paulo

Eneva quer entrar em campos offshore de gás natural em Sergipe A negociação envolve as participações da indiana IBV Brasil, que detém 40% de Agulhinha e de Cavala, na Bacia de Sergipe-Alagoas. Campos operados pela Petrobras, com descobertas expressivas de gás natural.

— A Eneva pretende elevar a parcela de gás nacional no seu portfólio de comercialização e desenvolvimento de novos negócios. Na semana passada, concluiu a compra da Celse, por R$ 6 bilhões, dona do terminal de regaseificação do Porto de Sergipe e da térmica associada.

Cosan adquire fatia de 4,9% da Vale O negócio, financiado por meio de linhas de crédito de longo prazo, é de cerca de R$ 21 bilhões. A Cosan ainda pretende aumentar sua participação na mineradora em mais 1,6%, chegando a 6,5%, e buscará imediatamente aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Reuters

— O CEO da Cosan, Luis Henrique Guimarães, disse ao Valor que o investimento na Vale complementa a estratégia de portfólio da holding para atuar em todos os mercados em que o Brasil detém diferenciais competitivos.

Galp na geração eólica no RN A SG/Cade aprovou, sem restrições, a compra da Ventos de Santo Antão pela Galp, SPE com quatros parques eólicos outorgados (50 MW, cada), no Rio Grande do Norte.

— Projeto greenfield desenvolvido e vendido pela Casa dos Ventos. A Galp passará a deter 100%, com a conclusão da operação. É parte da estratégia de ampliação do portfólio e geração de energia renovável da companhia europeia.

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Rússia tira operação de Sakhalin-1 da Exxon Decreto do presidente Vladimir Putin estabelece um novo operador para o projeto de petróleo e gás, no Extremo Oriente russo. É o maior investimento da Exxon no país. A petroleira dos EUA detém 30% de Sakhalin-1 e tem como sócias a russa Rosneft, a indiana ONGC Videsh e a japonesa SODECO.

— O decreto de Putin imita uma estratégia que ele usou para assumir o controle de outros ativos no setor de óleo e gás no país. Reuters

Índia vai continuar comprando petróleo russo O ministro indiano do Petróleo e do Gás, Hardeep Singh Puri, alegou que, apesar das tensões ligadas à guerra contra a Ucrânia, seu dever é garantir a segurança energética de seu país. RFI

EUA vão emprestar US$ 1 bi para transição energética em países emergentes A secretária do Tesouro, Janet Yellen, anunciou um acordo de empréstimo para o Clean Technology Fund (CTF), fundo fiduciário multilateral para ajudar países emergentes em sua transição para tecnologias de baixo carbono. É parte da promessa de Joe Biden de fornecer US$ 11 bilhões em financiamento climático para esses mercados.

Focos de queimadas na Amazônia aumentam 147% em setembro O sistema de monitoramento por satélite Deter, do Inpe, registrou em setembro 41.282 focos de queimada no bioma amazônico, o pior desde 2010. A área de alertas de desmatamento foi de 1.455 km², crescimento de 47,7% em relação a setembro do ano passado e similar a 2019 (1.454 km²) como o recorde para o mês da série histórica, iniciada em 2015.

Brasil pode suprir metade da demanda global de créditos de carbono até 2030 Projeção da WayCarbon em parceria com a ICC Brasil aponta que o potencial de geração de receitas com créditos de carbono para o país subiu de US$ 100 bilhões para até US$ 120 bilhões, considerando um cenário otimista de US$ 100 dólares por tonelada de CO₂.

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