BRASÍLIA — Os combustíveis registraram queda em abril, influenciados pela desvalorização do petróleo no mercado internacional, no cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril.
A gasolina (-0,29%), o etanol (-0,95%), o diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,71%) ficaram mais baratos. Essa redução está ligada à queda na cotação do petróleo, que passou de US$ 80 por barril no início do ano para cerca de US$ 66,70 nesta sexta-feira (25/4).
As commodities energéticas vem sofrendo desde o início do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A redução dos combustíveis ajudou a puxar para baixo os custos com transportes, que recuaram 0,44% no índice. Outro fator relevante foi a queda no preço das passagens aéreas (-14,38%), influenciada pela redução de 7,9% no valor do querosene de aviação (QAV) praticado pela Petrobras, o que representou menos R$ 0,31 por litro em relação aos valores de março.
Segundo a estatal, no acumulado desde dezembro de 2022, a Petrobras reduziu os seus preços de QAV em 29,2%, equivalente a um decréscimo de R$ 1,49/litro.
A Petrobras comercializa o QAV vendido nas próprias refinarias ou importado apenas para distribuidoras. Só então o combustível é transportado e comercializado para companhias aéreas e outros consumidores finais nos aeroportos, ou revendedores.
Queda no preço do diesel
Em abril, Petrobras fez dois cortes nos preços do diesel. Em 18 de abril, o preço médio do litro passou para R$ 3,43, uma redução de R$ 0,12. Em 1º de abril, a diminuição havia sido de R$ 0,17.
Apesar da queda recente, levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostra que tanto o diesel quanto a gasolina brasileira estão mais caros do que a paridade de preço internacional (PPI) em R$ 0,08 para a gasolina e R$ 0,05 para o diesel, nos principais polos.
Na relação entre gasolina e etanol, o biocombustível mostrou-se mais competitivo nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 68,25% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Com informações da Agência Estado.