Transporte marítimo

Bunker One concentra operação latina no Brasil e visa fluxo maior de navios na Lagoa Mirim

Empresa também avalia oportunidades para instalação da infraestrutura para exploração da Margem Equatorial

Flavio Ribeiro, CEO da Bunker One, em entrevista ao estúdio eixos durante a ROG.e no Rio, em 24/9/2024 (Foto Vitor Curi/eixos)
O CEO da Bunker One, Flavio Ribeiro, durante entrevista ao estúdio eixos na ROG.e 2024 no Rio, em 24 de setembro (Foto Vitor Curi/eixos)

A empresa de fornecimento de combustível marítimo Bunker One, da dinamarquesa Bunker Holding, vai centralizar as operações do grupo na América Latina, o que envolve sobretudo Uruguai e Colômbia. A Bunker Holding tem cerca de 15% do mercado global. O rearranjo local foi motivado pelo crescimento de 47% na operação brasileira nos dois últimos anos.

“O Brasil é o maior país da América Latina e oferece oportunidades não tão bem exploradas pela nossa indústria. Trouxemos as melhores práticas da nossa matriz dinamarquesa e o resultado tem sido excelente. Agora, temos a oportunidade de levar toda essa expertise a esses dois mercados (Uruguai e Colômbia), também com grande potencial”, disse em nota o presidente da Bunker One Brasil e América Latina, Flavio Ribeiro.

Segundo o executivo, a concessão da hidrovia de Lagoa Mirim, que fica entre Uruguai e Rio Grande do Sul, assinada em fevereiro, deve beneficiar as operações na região e representa boa oportunidade de incremento do negócio. A melhoria da infraestrutura local tende a aumentar a circulação de navios e aumento da demanda por combustível nos dois polos em que a empresa está presente.

“Esperamos elevação de cerca de 30% na comercialização de bunker quando a hidrovia estiver em pleno funcionamento”, continua Ribeiro.

Como acontece no Brasil, a operacionalização das atividades de abastecimento nos outros países será executada pela Nova Offshore, empresa brasileira de navegação também subsidiária da Bunker One. A base operacional da Nova Offshore fica às margens da Baía de Guanabara, em Niterói (RJ). Há operação, também, em Sepetiba (RJ), Rio Grande (RS), e na área de fundeio do Porto do Itaqui (MA).

Uruguai

A Bunker One considera o porto de Montevidéu estratégico para o negócio. Às margens do rio da Prata, o porto é capaz de receber navios de grande porte e é central para o trânsito de cargas do Mercosul, embora tenha perdido relevância no abastecimento nos últimos anos.

A operação local é realizada com navios-tanque nas áreas de fundeio interna e externa do porto, além dos terminais do país. Também é oferecido o abastecimento de diesel marítimo por caminhões para embarcações atracadas.

Colômbia

Em Cartagena das Índias, informou a Bunker One, o abastecimento de combustível marítimo será realizado por meio de balsas, assim como no Rio. Já em Buenaventura, além dessa modalidade, clientes contarão também com o abastecimento por caminhão.

“Na Colômbia, oferecemos cobertura completa. É o único país da América do Sul banhado por dois oceanos e lá temos pontos de abastecimento em Cartagena e Buenaventura, tanto no Atlântico quanto no Pacífico. Isso permite o abastecimento de navios que fazem as duas rotas”, conclui Ribeiro.

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