BRASÍLIA — O futuro presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates (PT/RN), afirmou nesta segunda-feira (9/1) que as equipes de segurança da companhia e as polícias militares estaduais conseguiram evitar as tentativas de bloqueios de refinarias.
O senador disse que grupos golpistas de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planejavam ataques em diversos estados para causar desabastecimento de combustível.
Havia preocupação, sobretudo, com as refinarias Reduc, em Duque de Caxias (RJ), Replan (Paulínia/SP), Revap (São José dos Campos/SP), Repar (Araucária/PR), Refap (Canoas/RS) e Reman (Manaus/AM) — esta última unidade vendida pela Petrobras ao grupo Atem, mas cujas operações ainda estão em fase de transição.
Nesses estados, foram anunciadas mobilizações em grupos de mensagem e redes sociais, para bloquear acessos e provocar desabastecimento. Uma continuidade às invasões e depredações das sedes dos Três Poderes em Brasília, no domingo (8/1).
Prates elogiou a postura do atual comando da Petrobras, dirigida interinamente por João Henrique Rittershaussen desde a renúncia, na semana passada, de Caio Paes de Andrade — que assumiu a secretaria de Gestão e Governo Digital do Estado de São Paulo.
Segundo Prates, a administração da companhia agiu rapidamente para dobrar os operativos de vigilância em todas as unidades sob ameaça. O petista disse ainda que houve coordenação ágil com as secretarias de segurança estaduais para reforçar o policiamento.
“O fato é que não ocorreram esses distúrbios. Houve algum agrupamento aqui e acolá em algumas dessas refinarias, mas isso foi rapidamente desencorajado, sem nenhum tipo de estresse e nenhum confronto”, relatou Prates, ao explicar o fato de nenhum manifestante ter sido preso nas ocorrências.
O senador também refutou qualquer conexão dos atos nas refinarias com organizações de caminhoneiros.
“Não há absolutamente nenhuma legitimidade em quem fala pelos caminhoneiros nesse sentido. Os movimentos estão quietos nesse sentido e esperamos que sigam assim”, afirmou em entrevista coletiva, em Brasília.
Em nota, Prates disse ainda que conversou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e que membros da inteligência da Petrobras estão em contato com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do governo estadual.