Biocombustíveis

RenovaBio tem recorde de emissão de CBIOs em novembro

De acordo com ANP, 2023 já é o ano com o maior número de créditos de descarbonização emitidos, no total de 32,3 milhões

Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) tem recorde de emissão de CBIOs em novembro de 2023. Na imagem: Vista da planta de biogás da Cocal em Narandiba (Foto: Divulgação)
A Cocal é a primeira empresa a obter o certificado do RenovaBio para biometano oriundo de resíduos agrosilvopastoris (Foto: Divulgação)

BRASÍLIA – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou na sexta (8/12) que o RenovaBio estabeleceu um novo recorde de emissão de créditos de descarbonização (CBIOs) em novembro de 2023, com 4,3 milhões de títulos que comprovam a eficiência energética e ambiental na produção de biocombustíveis.

Até então, o maior número de CBIOs emitidos em um mês tinha sido 3,3 milhões, em outubro de 2020.

Cada crédito equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser lançada na atmosfera por meio dos combustíveis renováveis.

De acordo com a ANP, a quantidade de títulos emitidos no mês passado foi 53% maior que no mesmo período de 2022. Faltando um mês para o encerramento do ano, 2023 já é o ano com o maior número de CBIOs emitidos (32,3 milhões). Em todo o ano passado, foram 31,4 milhões.

“Considerando os CBIOs já aposentados (retirados definitivamente de circulação) para o cumprimento da meta referente ao ano de 2023 (9 milhões) e o total de CBIOs disponíveis no mercado (32 milhões), faltando quatro meses para o encerramento do prazo para o cumprimento das metas do ano de 2023 (que ocorrerá, excepcionalmente, em 31 de março de 2024), a quantidade de CBIOs já é suficiente para o cumprimento de todas as metas individuais dos distribuidores de combustíveis fósseis”, diz a agência em nota.

38,78 milhões de CBIOs em 2024

Em 2024, as distribuidoras precisarão adquirir 38,78 milhões de CBIOs para abater suas emissões. Os créditos são a parte material da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), criada por lei em 2017 e regulamentada em 2019.

O RenovaBio define metas de descarbonização para distribuidores de combustíveis líquidos derivados de petróleo, e busca incentivar a produção de biocombustíveis, como etanol e biodiesel.

Para cumprir suas metas, distribuidoras de combustíveis precisam adquirir CBIOs que, por sua vez, são gerados pelos produtores de biocombustíveis certificados no programa.