Biocombustíveis

Petrobras fecha parceria com Vallourec para testar uso de óleo vegetal no refino

Empresas firmam acordo de cooperação tecnológica para produção e uso do chamada bio-óleo

Petrobras fecha acordo com Vallourec para testar óleo vegetal no refino. Na imagem, refinaria Duque de Caxias, a Reduc (Foto: César Duarte/Agência Petrobras)
Refinaria Duque de Caxias, a Reduc (Foto: César Duarte/Agência Petrobras)

RIO — A Petrobras e a Vallourec, fornecedora de tubulações, firmaram um acordo para avaliar oportunidades de cooperação tecnológica na produção e uso do chamado bio-óleo — óleo de origem vegetal, 100% renovável, resultante da condensação de gases produzidos durante a transformação da madeira em carvão vegetal.

O produto está em fase de testes no Centro de Pesquisas e Inovação da Petrobras (Cenpes) e tem potencial para ser utilizado como matéria-prima na geração de produtos renováveis.

Segundo a estatal, a madeira utilizada para a produção do bio-óleo é oriunda de florestas plantadas e certificadas de Eucalyptus.

O acordo firmado com a Vallourec prevê estudos e testes, já em andamento, para aproveitar o alcatrão vegetal, coproduto gerado no processo de produção de carvão vegetal da Vallourec, por meio de um equipamento de carbonização contínua.

O alcatrão vegetal se comporta como um óleo de origem vegetal e pode ser usado como matéria-prima para processos de refino da Petrobras, como o chamado craqueamento catalítico fluido (conhecido como FCC, que fornece produtos para uso em petroquímica.

Os testes vão avaliar o comportamento e eficiência do alcatrão vegetal como matéria-prima para o processo de refino. A Petrobras estima gerar produtos com índice de emissão de gases de efeito estufa 70% inferiores em relação aos obtidos com produtos fósseis equivalentes.

Esta é a segunda parceria anunciada pela Petrobras, esta semana, para cooperação tecnológica com o objetivo de descarbonizar suas atividades.

A empresa anunciou nos últimos dias também um acordo com a Braskem, para avaliar oportunidades:

  • no desenvolvimento conjunto de um hub de captura, uso e armazenamento geológico de CO₂ (CCUS);
  • no uso de matérias-primas renováveis para a produção de insumos petroquímicos mais sustentáveis;
  • e no estímulo à economia circular no refino (com uso de plástico reciclado).