Navio com 24% de biodiesel

Petrobras fecha parceria com Vale para testar biobunker

Comercialização do combustível está dentro da estratégia da estatal de desenvolvimento e oferta de novos produtos no mercado de baixo carbono

Navio Luise Oldendorff abastecido com Very Low Sulfur (VLS) B24, combustível marítimo om 24% de biodiesel de segunda geração (Foto Agência Petrobras)
Navio Luise Oldendorff foi abastecido com Very Low Sulfur (VLS) B24, combustível marítimo com 24% de biodiesel de segunda geração (Foto Agência Petrobras)

LYON (FR) — A Petrobras, por meio da Petrobras Singapore (PSPL), testou, na terça-feira (22/04), o abastecimento do navio graneleiro Luise Oldendorff, afretado pela Vale, com 24% de biodiesel adicionado ao bunker,

Chamado Very Low Sulfur (VLS) B24, o combustível marítimo usa biodiesel de segunda geração, originado do processamento de óleo de cozinha usado (UCO, em inglês).

O produto foi formulado pela PSPL, que tem a Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono nos termos da União Europeia (ISCC EU, em inglês). Desse modo, há uma garantia de que o biobunker atende aos critérios de sustentabilidade. 

O teste faz parte da parceria entre as duas empresas, que, segundo a petroleira, prevê o fornecimento de produtos com foco em competitividade e no avanço da pauta de descarbonização.

A comercialização do VLS B24 está dentro da estratégia de desenvolvimento e oferta de novos produtos no mercado de baixo carbono da estatal. O Plano de Negócios 2025-2029 da companhia prevê investimento de US$ 16,3 bilhões em iniciativas de transição energética.

A primeira venda de VLS B24 da Petrobras no mercado asiático ocorreu em fevereiro deste ano, em parceria com a Golden Island, fornecedora de bunker licenciada em Singapura.

“Estamos desenvolvendo combustíveis cada vez mais sustentáveis e honrando nosso compromisso de descarbonização das nossas atividades. A parceria com a Vale é mais uma concretização do objetivo da Petrobras de aperfeiçoar a capacidade produtiva e a estrutura logística da empresa, para entregar ao mercado produtos mais verdes e reforçar nossa estratégia de descarbonização”, disse, em nota, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

Na Vale, a utilização de combustíveis alternativos integra iniciativas para descarbonizar o transporte marítimo. A mineradora tem a meta de reduzir suas emissões de escopos 1 e 2 em 33% até 2030, e em 15% do escopo 3 até 2035.

“Nossa área de navegação tem avaliado diversos cenários para reduzir as emissões de GEE (gases de efeito estufa) no transporte marítimo, o que inclui o desenvolvimento de soluções multicombustíveis para navios novos e existentes que transportam nossos produtos globalmente. A Petrobras é uma parceira muito importante nesse processo”, afirmou o CEO da mineradora, Gustavo Pimenta.

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