Biocombustíveis

EVA Energia, do grupo Urca, inaugura terceira usina a biogás

Planta no aterro sanitário Lara Central de Tratamento de Resíduos, em Mauá (SP), tem capacidade para gerar 5 MW

Usina de biogás da EVA Energia no aterro de Seropédica (RJ)
Ao todo, a EVA Energia já investiu R$ 50 milhões nas três usinas que estão em operação. As outras duas ficam em Seropédica/RJ (na imagem) e em Ipiranga do Norte/MT (Foto: EVA Energia/Divulgação)

RECIFE — A EVA Energia, empresa associada ao Grupo Urca, começa, nesta semana, a operação da terceira usina para geração de energia elétrica a partir do biogás. A planta, localizada no aterro sanitário Lara Central de Tratamento de Resíduos, no município de Mauá (SP), tem capacidade para gerar 5 MW, representando 27% da capacidade total instalada da empresa. A expansão contou com um investimento de R$ 11 milhões.

De acordo com a EVA, a maior parte da energia já foi vendida. A empresa tem contratos com os segmentos de varejo, alimentação, bebidas, financeiro e transporte.

Ao todo, a EVA Energia já investiu R$ 50 milhões nas três usinas que estão em operação. As outras duas usinas em operação ficam em Seropédica (RJ) e em Ipiranga do Norte (MT), onde a produção de biogás parte de duas fontes: resíduos orgânicos de aterro sanitário e dejetos de suínos, respectivamente. Juntas, essas duas plantas produzem 9 MW de energia.

A companhia também planeja expansão no segundo semestre de 2022, com produção no aterro sanitário de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, onde serão gerados mais 5 MW.

No total, serão 19 MW de energia renovável negociados na modalidade de geração distribuída (GD). A quarta usina receberá investimentos adicionais de R$ 32 milhões até o fim deste ano.

Para transformar resíduos orgânicos e culturas de alto teor energético em energia limpa, a EVA Energia firmou parceria com a Aggreko, fornecedora dos geradores da usina em Mauá.

As duas empresas concluíram o primeiro projeto juntas em 2021, quando instalaram uma operação para a produção de biogás a partir de aterro sanitário com capacidade de gerar 5 MW em Seropédica, também no Rio de Janeiro.

Para o CEO da EVA Energia, Eduardo Lima, a utilização do biogás derivado de aterros sanitários e de dejetos da suinocultura para a produção de energia pode contribuir para a solução de problemas de ordem ambiental e climática.

“O aproveitamento dessas fontes de energia dá o tratamento adequado para os resíduos urbanos dos aterros sanitários, reduz as emissões de gases de efeito estufa, fornece energia renovável para as empresas que precisam cumprir suas metas ESG e viabiliza uma transição energética segura, sem intermitência e forma descentralizada”, afirma.

Produção de biogás deve crescer 22% em 2022

Levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) aponta que em 2021, 2,35 bilhões de Nm³ de biogás foram produzidos por 755 plantas em operação, gerando um aumento de 10% da produção em relação ao ano de 2020. Os dados fazem parte do Panorama de Biogás no Brasil.

Para 2022, a expectativa é de um crescimento ainda maior no volume de biogás gerado pelas usinas. O CIBiogás espera um aumento de mais de 22% da produção, com o início da operação de plantas que ainda estavam sendo implantadas e reformadas no ano anterior (56 plantas), podendo ultrapassar os 2,8 bilhões de Nm³/ano.