Gasolina estável

Etanol sobe mais de 1% em setembro e faz gasolina ser melhor opção, aponta IPTL

Etanol chegou à média de R$ 4,41 o litro, maior valor desde junho; gasolina manteve preço médio de R$ 6,34

Bomba de abastecimento de diesel (na cor preta) e etanol (na cor verde) em posto de combustíveis (Foto: Alexander Fox/planet_fox/Pixabay)
Bomba de abastecimento de diesel e etanol em posto de combustíveis (Foto: Alexander Fox/planet_fox/Pixabay)

O preço do etanol subiu em média 1,15% nos postos de abastecimento em setembro, na comparação com agosto, chegando à média nacional de R$ 4,41 o litro, maior valor desde junho deste ano.

Já a gasolina registrou estabilidade no mesmo período, mantendo o preço médio de R$ 6,34 registrado no mês anterior, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que mede os preços de 21 mil postos brasileiros.

“Enquanto a gasolina permaneceu estável em setembro, o etanol voltou a subir, refletindo tanto a pressão de demanda com a mudança regulatória, que elevou a mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, quanto as condições de oferta no mercado interno”, explica o diretor de Rede Abastecimento da Edenred Mobilidade, Renato Mascarenhas, informando que com a alta do etanol, a gasolina foi a melhor opção para o motorista este mês.

Na análise por regiões, a maioria acompanhou a alta para o etanol, com exceção do Nordeste, a única a registrar queda para o biocombustível, de 0,20% (R$ 4,94).

O Sudeste apresentou a maior alta do período, de 1,65%. Mesmo assim, a região segue com o etanol mais em conta: R$ 4,30. Já o etanol com média mais alta segue sendo registrado na região Norte: R$ 5,20 (+0,19%).

Em relação à gasolina, apesar da estabilidade na média nacional, a maioria das regiões registrou leves quedas, com destaque para o Nordeste, com redução de 0,47% (R$ 6,42).

Apenas o Sudeste teve alta para o combustível no período, de 0,32%, fazendo com que a média da região — ainda a mais em conta do País — chegasse a R$ 6,21. A gasolina mais cara entre regiões segue sendo a do Norte: R$ 6,83 (-0,15%).

Na análise por estados, o etanol apresentou sua maior alta do período em Rondônia, onde passou a custar R$ 5,26, após alta de 3,75%.

O estado com o etanol mais em conta para o motorista no período foi São Paulo, onde o preço médio registrado foi de R$ 4,18, mesmo após aumento de 2,20%.

Alagoas apresentou a maior queda para o biocombustível em setembro, de 1,87%, recuando ao preço médio de R$ 5,25. O etanol mais caro em setembro foi o do Amazonas, com preço médio de R$ 5,47; o valor representa alta de 0,18% em relação a agosto.

Já a gasolina teve o maior aumento no Espírito Santo, de 0,79%, chegando ao preço médio de R$ 6,41. A maior queda da gasolina, de 2,12%, ocorreu em Alagoas, que registrou média de R$ 6,46.

O Rio de Janeiro teve a gasolina mais em conta: R$ 6,12 (estável). O Acre seguiu como estado com a gasolina mais cara do Brasil em setembro, com preço médio de R$ 7,44 (-0,53%).

“Em setembro, graças ao cenário de alta do etanol, a gasolina se destacou como a alternativa mais econômica para os motoristas na maior parte dos estados brasileiros, sobretudo os das regiões Nordeste, Sul e Norte. Ainda assim, vale lembrar que o etanol carrega uma vantagem ambiental relevante: por emitir menos poluentes, contribui para uma mobilidade mais limpa e alinhada às metas de descarbonização”, afirmou Mascarenhas.

Por Denise Luna

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