Preço dos combustíveis

Etanol é mais competitivo em relação à gasolina em 7 estados e no DF, afirma ANP

Paridade média nacional fica em 67,8% na semana; biocombustível mantém vantagem em regiões-chave, segundo o levantamento

Bomba de etanol em posto de combustíveis (Foto Divulgação Biosul)
Bomba de etanol em posto de combustíveis | Foto Divulgação Biosul

O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em 7 estados e no Distrito Federal (DF) na semana de 12 a 18 de janeiro. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 67,8% ante a gasolina no período, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.

Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Acre (68,49%), Mato Grosso (64,94%); Mato Grosso do Sul (65,61%); Minas Gerais (69,62%); Paraíba (69,84%); Paraná (69,43%) e São Paulo (66,56%), além do Distrito Federal (66,78%).

Gasolina estável na 1ª quinzena do ano

O preço médio da gasolina ficou estável na primeira quinzena de janeiro, registrando uma ligeira queda de 0,02% na comparação com a última semana de dezembro, segundo o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Já o etanol registrou alta de 0,71% e o diesel S-10 subiu 0,22%.

“Os resultados evidenciam um cenário de relativa estabilidade nos preços cobrados nos postos brasileiros na abertura do ano”, avaliou o Veloe, hub de mobilidade e gestão de frota.

O preço médio da gasolina na segunda semana de janeiro no território nacional ficou estável em R$ 6,24 o litro, o mesmo do fechamento de dezembro, enquanto o etanol registrou preço médio de R$ 4,21 o litro, e o diesel S-10, o menos poluente e mais vendido, foi encontrado a R$ 6,23 o litro.

Nas capitais, o comportamento foi semelhante, onde o destaque também ficou por conta da elevação de R$ 0,03 no preço médio do etanol hidratado (proporcionalmente, +0,62%) e de R$ 0,01 no caso do diesel S-10 (que correspondeu ao acréscimo proporcional de +0,12%).

Em contraste, o preço médio da gasolina comum apresentou um recuo marginal de R$ 0,01 nas capitais, o que correspondeu a um ajuste de menos 0,09% em relação ao valor médio apurado pelo levantamento ao final de dezembro.

Petrobras evita repassar volatilidade

A Petrobras reiterou na segunda-feira (13/1), ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que evita o repasse da volatilidade externa para os preços internos de combustíveis, conferindo assim períodos de estabilidade para os clientes.

“Dessa forma, a companhia segue observando os fundamentos de mercado e, por questões concorrenciais, não pode antecipar suas decisões”, disse a estatal, em resposta ao questionamento da reportagem sobre o impacto da alta do petróleo nos preços da gasolina e do diesel refinados pela empresa.

A defasagem dos preços nas refinarias da Petrobras em relação ao mercado internacional atingiu 22% no diesel e 13% na gasolina na última sexta-feira (10/1), reabrindo a expectativa do mercado para reajustes por parte da estatal. Na segunda (13), a commodity continuava em alta, assim como o câmbio, o que aumentou a pressão nos preços.

A empresa informou que, em 2024, o único reajuste no preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras ocorreu em julho, e foi equivalente a R$ 0,15 a cada litro vendido nas bombas. Atualmente, em média, a parcela do preço de venda da Petrobras para as distribuidoras é equivalente R$ 2,21 a cada litro abastecido nas bombas.

Sobre o diesel, o último aumento nos preços de venda da Petrobras para as distribuidoras ocorreu em outubro de 2023. Depois disso, a Petrobras ainda fez duas reduções de preços em dezembro de 2023. E, em 2024, não fez nenhum reajuste nos seus preços de venda para as distribuidoras. Hoje, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor é, em média, R$ 3,03 a cada litro vendido na bomba, informou.

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