BELO HORIZONTE — O consumo de biodiesel no Brasil deve crescer 9% e alcançar 9,8 milhões de m3 em 2025, projeta a StoneX. Para 2026, a expectativa é de aumento de 6,4% na demanda, totalizando 10,5 milhões de m3.
O consumo do biocombustível produzido a partir de óleos vegetais e gorduras residuais está diretamente relacionado à mistura obrigatória ao diesel, hoje em 15%.
“O mercado de biodiesel tem mostrado um desempenho sólido, impulsionado pela forte demanda por diesel B e pelo avanço consistente da produção. A expectativa é que a diferença entre B14 e B15 continue se ampliando nos próximos resultados”, comenta o analista de Inteligência de Mercado da StoneX Leonardo Rossetti.
Caso o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) altere o mandato do biodiesel para 16% (B16), em março de 2026, conforme previsto na Lei do Combustível do Futuro, o consumo de biodiesel é projetado para ficar próximo a 11 milhões de m3, além de elevar em cerca de 1 milhão de toneladas o uso de óleo de soja.
A StoneX projeta que a demanda pelo diesel B aumente 1,9% no ano, com consumo total de 70,4 milhões de m3 no país.
Esse crescimento será incentivado pelo aumento da produção de soja e de bens industriais, que resultará em maior circulação de cargas e intensificação dos fretes rodoviários e ferroviários.
“O crescimento projetado para 2026 é a continuidade da expansão da produção agrícola e industrial, que são pilares essenciais para o aumento do fluxo logístico no país”, explica o analista de Inteligência de Mercado da StoneX Bruno Cordeiro.
Em 2025, o consumo de diesel B deve atingir 69,1 milhões de m3, o que representa uma alta de 2,7% em relação ao ano anterior. Segundo a StoneX, a expansão do consumo em 2025 também foi influenciada pelo fortalecimento da produção agrícola e industrial.
“O fluxo de cargas está mais intenso, o que se reflete diretamente nos volumes comercializados”, disse Cordeiro.
