Biocombustíveis

Comercialização de biodiesel sem leilões supera demanda em 36%

A compra é a primeira após o fim dos leilões de biodiesel. Sob o novo modelo, distribuidores compram diretamente dos produtores

Comercialização de biodiesel sem leilões supera demanda em 36% para atender ao B10 no início de 2022 (foto: Usina de biodiesel da Oleoplan)
Foto: Usina de biodiesel da Oleoplan

ASSINE A NEWSLETTER E RECEBA PRIMEIRO POR EMAIL

Essa newsletter é enviada primeiro
aos assinantes, por e-mail.

 COMECE SEU DIA

  APRESENTADA POR 

Contato da redação
epbr@eixos.com.br

em jogo

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) retificou nesta quarta (4) o volume de biodiesel comprado para atendimento à demanda obrigatória do 1o bimestre de 2022. A meta prevista foi superada em 36% e não em 50% como informado originalmente (1,3 bilhão de litros).

— O erro ocorreu na consolidação de compras, com o lançamento de cerca de 343 milhões de litros a mais.

— A compra é a primeira ocorrida após o fim dos leilões centralizados de biodiesel promovidos pela ANP. Sob o novo modelo de comercialização, os distribuidores contratam e compram o produto diretamente dos produtores.

— O novo modelo de comercialização criou conflito entre distribuidores de combustíveis, transportadores e produtores de biodiesel. Os produtores solicitaram ao Ministério de Minas e Energia (MME) o adiamento do fim dos leilões, determinado para 1º de janeiro de 2022, mas não foram atendidos.

— Em relação ao percentual de mistura, o CNPE decidiu, no fim de novembro passado, manter para 2022 os 10% adotados por quase todo o ano de 2021. Pela resolução 16/2018 do próprio CNPE, a mistura deveria ser de 13% em janeiro e fevereiro, subindo para 14% em março e chegando a 15% em 2023.

— Apesar dos protestos de produtores, o B10 foi um meio termo encontrado pelo governo. O Ministério da Economia defendia que o percentual fosse reduzido a 6%, com apoio do Ministério da Infraestrutura. Mas a Casa Civil não admitiu percentual maior que 10%.

PUBLICIDADE

Produção de petróleo e gás cresce em novembro A produção nacional de petróleo e gás natural em novembro de 2021 foi de 3,711 MMboe/d. A produção de petróleo foi de 2,852 MMbbl/d, aumento de 2,7% em comparação com outubro e de 3,5% na comparação anual. Já a produção de gás natural foi de 137 MMm3/d de gás, com aumento de 3,7% sobre outubro e de 8,1% em comparação com novembro de 2020. Os dados são do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, divulgado nessa segunda (3/1) pela ANP.

— A produção do pré-sal totalizou 2,714 MMboe/d, sendo 2,141 MMbbl/d de óleo e 91 MMm³/d de gás – aumento de 2,8% sobre o mês anterior e de 12% sobre novembro de 2020. A produção do pré-sal correspondeu a 73,2% do total produzido no Brasil.

— O campo de Tupi (ex-Lula), no pré-sal da Bacia de Santos, permaneceu como o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 874 Mbbl/d de óleo e 40,9 MMm3/d de gás, por meio de 60 poços produtores.

Compass conclui compra da Sulgás A Compass Gás e Energia, controlada pelo grupo Cosan, informou nessa segunda (3/11) que concluiu a aquisição de 51% do capital social da Sulgás, distribuidora de gás do Rio Grande do Sul, assumindo o controle da concessionária.

— A Compass foi a única empresa a apresentar oferta válida no leilão de privatização da Sulgás, realizado no fim de outubro de 2020. Arrematou a estatal gaúcha pelo preço mínimo, de R$ 928 milhões.

— Em 20 de dezembro, a Sulgás e a SebigasCótica firmaram o primeiro contrato de suprimento de biometano do Rio Grande do Sul, resultado da chamada pública lançada pela distribuidora em 2020.

Leia em epbr Setor ainda precisa desenvolver ambiente regulatório, diz presidente da Sulgás: Carlos Camargo de Colón lembra que empresa ainda depende de um único supridor para a maior parte de seu volume.

IPC-S fecha 2021 em 9,34% O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encerrou 2021 com alta de 0,57% em dezembro e acumulou no ano avanço de 9,34%. O resultado de 2021 foi mais forte do que o do ano anterior, quando o IPC-S acumulou avanço de 5,17%.

— Em dezembro, os dados da FGV mostram que a inflação de Transportes desacelerou com força, a 0,28%, de alta de 3,07% em novembro. Por outro lado, o avanço dos custos de Habitação acelerou a 1,10% no último mês do ano, de 0,56% em novembro. Reuters

Os preços do petróleo fecharam em alta nessa segunda (3/1), após terem oscilado durante o primeiro pregão do ano, que aconteceu antes da reunião da Opep+. O barril do Brent para entrega em março subiu 1,54%, para US$ 78,98, e o WTI para fevereiro teve alta de 1,15%, a US$ 76,08 o barril.

— Na véspera de sua reunião, que acontece nesta terça (4/1), a Opep reduziu a estimativa sobre o excedente dos mercados mundiais do petróleo para o trimestre. Os operadores interpretaram a notícia como um sinal de que o cartel e seus aliados manterão o aumento modesto da produção. AFP

2W Energia compra aerogeradores da Vestas Controladas pela 2W Energia, as subsidiárias Kairós Wind 1, Kairós Wind 2 e Kairós Wind 6 assinaram contrato de fornecimento, instalação, comissionamento e teste de 25 aerogeradores da Vestas. O valor do negócio não foi revelado.

— Os equipamentos se destinam à primeira fase do parque eólico Kairós, com capacidade instalada de 112,5 MW. A entrega dos aerogeradores está prevista para o segundo trimestre de 2023. As empresas também celebraram com a Vestas contrato de operação e manutenção do parque por 15 anos.

— Localizado na cidade de Icapuí (CE), o parque eólico Kairós terá 261 MW de capacidade instalada total, quando estiver 100% operacional.

ONS estima investimentos de R$ 23,9 bilhões até 2026 O Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (PAR/PEL) 2022-2026 do ONS estima que o investimento necessário para obras relacionadas no planejamento é de R$ 23,9 bilhões. Desse total, R$ 16,3 bilhões correspondem a novas obras propostas somente no ciclo atual do estudo. O relatório prevê um crescimento da demanda de 20%, em 2026, quando comparado com a demanda máxima registrada em 2020.

— O estudo aponta um grande crescimento da energia fotovoltaica, mais que dobrando a capacidade instalada no horizonte 2021-2025. Para o final de 2025, estima-se que a capacidade instalada do SIN totalizará 191,3 GW, sendo 36 GW eólicos e fotovoltaicos.

— Entretanto, considerando usinas com o Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) assinado e pareceres de acesso válidos ou em andamento no ONS, o montante de geração renovável chega a 52,4 GW, sendo a maior parcela da diferença, cerca de 13,2 GW, de usinas fotovoltaicas.

Aumento da energia muda hábitos da população O aumento da conta de luz em 2021 impactou o orçamento de nove entre dez brasileiros, segundo pesquisa do Ipec contratada pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS). Segundo o estudo, 90% dos entrevistados relataram que o atual valor da conta está impactando “muito” ou “um pouco” a rotina das famílias, informa o Valor.

— Para pagar a conta, 40% diminuíram ou deixaram de comprar roupas, sapatos e eletrodomésticos. Outros 22% diminuíram a compra de alimentos básicos para garantir a energia em suas casas, índice que chega a 28% entre os nordestinos. Outros 14% deixaram de pagar contas básicas como as de água e gás encanado.

— O ICS destaca que o gasto com gás e energia elétrica já compromete metade ou mais da renda de 46% das famílias brasileiras, sendo que 10% já se encontram com quase toda a renda familiar comprometida com esses gastos.

Por e-mail, você recebe também recebe diariamente a agenda das autoridades