BRASÍLIA – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a ampliação da linha de financiamento do RenovaBio, com aporte de mais R$ 1,5 bilhão. Os recursos disponíveis para empresas de biocombustíveis agora somam R$ 3,5 bilhões.
Segundo a instituição de fomento, o programa está com uma procura elevada e o objetivo é atender a demanda do setor até o final de 2024.
“Com a redução da taxa inicial de juros e a definição de metas de acordo com o nível de eficiência energética do cliente, mudanças implementadas para o biênio 2023-24, estamos conseguindo atingir uma parcela ainda maior do setor de biocombustíveis e, com isso, amplificamos o impacto do Programa BNDES RenovaBio na descarbonização do setor”, explica Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
BNDES já desembolsou R$ 1 bi para RenovaBio
De 2021 até o início de 2023, o BNDES aprovou 13 operações de financiamento, em um total de R$ 1,1 bilhão, dos quais mais de R$ 1 bilhão já foram desembolsados. Além disso, há outras operações em análise.
O programa prevê o apoio direto por meio de crédito ESG (ambiental, social e governança) para o setor de biocombustíveis, com incentivo para a melhoria da eficiência energético-ambiental e da certificação da produção.
“Com a melhoria projetada de desempenho energético-ambiental nas operações já contratadas, estima-se que o conjunto de usinas apoiado terá capacidade de produzir biocombustíveis capazes de evitar emissões de 3,4 milhões de toneladas de carbono por ano, volume 14% maior ao verificado na contratação das operações”, diz o banco em nota.
100 milhões de CBIOs
Na última sexta (28/7), o RenovaBio atingiu a marca de 100 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) emitidos no acumulado desde 20 de janeiro de 2020. Isso significa que, desde o início da operacionalização do RenovaBio, foi evitada a emissão de 100 milhões de toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), atualmente, o programa conta com 318 produtores de etanol, biodiesel e biometano (cerca de 75% do total autorizado pela ANP) certificados para emitir os títulos.
Cada CBIO equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser lançada na atmosfera no ciclo de vida dos biocombustíveis.