Bioenergia carbono negativo

ANP autoriza perfuração para estudo de armazenamento de carbono da FS

FS espera começar projeto que alia bioenergia com captura e armazenamento de carbono em junho de 2026

Diretora da ANP Symone Araújo durante evento realizado pelo eixos pro e IBP, em 25 de setembro de 2024 (Foto Steferson Faria/agência eixos)
Diretora da ANP Symone Araújo durante evento realizado pelo eixos pro e IBP, em 25 de setembro de 2024 (Foto Steferson Faria/agência eixos)

BELO HORIZONTE — A diretoria colegiada da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou, nesta quinta-feira (21/8), o pedido da produtora de etanol de milho FS para aquisição de dados geocientíficos no poço 2-FSAS-1-MT, na Bacia do Parecis. A relatora do caso foi a diretora Symone Araújo

A metodologia aprovada consiste na realização de perfurações, perfilagens e testemunhos, incluindo de atividade com água. 

Com isso, a empresa pode iniciar a perfuração para explorar o subsolo, mas o início das obras para injeção do CO2 ainda depende da licença ambiental de instalação (LI).

Na etapa autorizada pela ANP, o objetivo é avaliar a viabilidade de estocagem de carbono na bacia para o projeto de BECCS (bioenergia com captura e armazenamento de carbono) na usina de etanol em Lucas do Rio Verde.

A companhia espera iniciar, em 2026, a injeção do CO2 capturado da produção de etanol.

“As atividades de pesquisa e estudos para a realização de projetos inovadores, de integração entre a produção de biocombustíveis e a captura e estocagem geológica de carbono, BECCS, se harmonizam com as diretrizes de política energética nacional”, justificou Araújo.

A diretoria citou trecho da Lei do Petróleo que estabelece como objetivo a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, por meio de uso de biocombustíveis, hidrogênio e captura e estocagem de CO2.

A FS busca “ser a primeira companhia com biocombustível com pegada negativa de carbono”, disse o vice-presidente de operações da empresa, Everson Medeiros, em entrevista à agência eixos em junho.

No ano passado, a empresa fez a perfuração do poço exploratório para confirmação das características geológicas.

Segundo Medeiros, serão cerca de R$ 500 milhões de investimento, incluindo as tecnologias de captura de carbono e a construção de planta de compressão do CO2.

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