Combustíveis e Bioenergia

As promessas de Lula para o setor de energia

Uma das propostas é tornar o país autossuficiente em derivados, com mudança na precificação dos combustíveis

As promessas de Lula [na foto] para o setor de energia (Foto: Ricardo Stuckert)
Vitória de Lula garante manutenção do regime de partilha da produção e interrompe proposta de privatização da Petrobras (Foto: Ricardo Stuckert)

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Você vai ver aqui: um dos pontos do programa do presidente eleito é transformar a Petrobras numa empresa integrada de energia; déficit dos preços de gasolina e diesel sobre PPI atinge recorde; Petrobras anuncia descobertas em Aram e Sépia. E mais:

A Petrobras voltar a investir é uma das principais promessas de Luiz Inácio Lula da Silva para seu terceiro mandato como presidente da República. Lula foi eleito neste com 50,90% dos votos válidos.

O programa de governo afirma que a estatal deve ser uma empresa integrada de energia, com foco na transição energética.

— Para isso, a Petrobras precisaria desenvolver novos projetos em gás natural, fertilizantes, biocombustíveis e energias renováveis, prevê o petista. São as áreas em que a companhia vendeu seus ativos nos últimos cinco anos.

— No governo Bolsonaro, a Petrobras se tornou uma grande pagadora de investimentos, como lucro turbinado pelo foco nos ativos de alta rentabilidade no pré-sal.

— Ao lado do BNDES, a estatal foi colocada na campanha petista como importante alavanca para o desenvolvimento econômico.

A opção por deixar progressivamente a área de geração de energia e, ao contrário de outras grandes petroleiras, não desenvolver novos projetos de renováveis, fomenta críticas a um desalinhamento da empresa com uma estratégia de transição energética. O foco tem sido produzir óleo com redução da intensidade de carbono e o biorrefino.

No momento em que o mundo e, sobretudo, a Europa, passa por uma crise energética, também faz parte do planejamento de Lula a autossuficiência nacional em petróleo e derivados.

— Para isso, defende a expansão do refino no Brasil, aproveitando o pré-sal e realinhando os preços dos derivados no mercado interno. O mercado aguarda, agora, a direção e a intensidade da mudança na política de preços, o que terá efeito não apenas na Petrobras, mas no mercado de combustíveis como um todo.

— “Não existe nenhuma razão técnica ou político-econômica para a Petrobras tomar a decisão de internacionalizar o preço dos combustíveis, a não ser para atender os interesses dos acionistas, principalmente aqueles que ficam lá em Nova York”, afirmou Lula, em fevereiro.

A vitória de Lula também significa um obstáculo às reformas prometidas, novamente, desde o governo de Michel Temer – o fim da partilha de produção – e novas iniciativas de Bolsonaro – a privatização da Petrobras e a liquidação antecipada do óleo da União.

— “É preciso preservar o regime de partilha, e o fundo social do pré-sal deve estar, novamente, a serviço do futuro”.

O próximo governo também pretende usar o poder de compra governamental, em complexos industriais energéticos.

— “É imprescindível garantir a soberania e a segurança energética do país, com ampliação da oferta de energia, aprofundando a diversificação da matriz, com expansão de fontes limpas e renováveis a preços compatíveis com a realidade brasileira”, diz o programa.

Defasagem de preço da gasolina e diesel da Petrobras atinge recorde no mês Segundo a Abicom, que reúne importadores, o déficit de gasolina e diesel nas refinarias da estatal sobre o preço internacional chegou, respectivamente, a R$ 0,75 (18%) e R$ 1,25 (20%) na sexta (28/10). Foi o maior percentual em todo o mês de outubro.

— A associação ainda lembra que os preços praticados pela estatal ficaram abaixo do valor internacional por todos os dias deste mês. O Globo

— Nas bombas, levantamento da Ticket Log, empresa de gestão de frotas, mostra que o preço médio do diesel foi de R$ 6,97 em outubro, queda de 2,28% sobre setembro. Já o litro da gasolina ficou em R$ 5,24, em média, recuo de 1,67% sobre o mês anterior. Valor

Descoberta em Aram… Petrobras concluiu o teste de formação no poço pioneiro 1-BRSA-1381-SPS (Curaçao) no bloco, localizado no pré-sal da porção sudoeste da Bacia de Santos. A nova descoberta está localizada a 240 km da cidade de Santos (SP), em profundidade d’água de 1.905 metros.

— Aram foi arrematado em março de 2020, na 6ª rodada da partilha. A Petrobras é a operadora do bloco, com 80% de participação, tendo como sócia a chinesa CNPC (20%).

… e em Sépia A estatal ainda encontrou petróleo na área coparticipada de Sépia. O poço 4-BRSA-1386D-RJS foi perfurado no extremo noroeste do campo, a 250 km ao sul da cidade do Rio de Janeiro e numa profundidade d’água de 2.197 metros. A perfuração começou em 31 de julho, cerca de três meses após a assinatura do contrato do consórcio do bloco Sépia ECO (Excedente da Cessão Onerosa).

— A área coparticipada é composta pelo bloco de Sépia, adquirido pela Petrobras (100%) por meio do contrato de cessão onerosa, firmado em 2010, e pelo bloco Sépia – ECO, adquirido em dezembro de 2021, na 2ª rodada da cessão onerosa, pelo consórcio composto por Petrobras (operadora), TotalEnergies, QatarEnergy e Petronas.

Brent abre a semana operando em baixa de 1,17%, a US$ 94,65 o barril. Na sexta (28/10), o Brent para dezembro caiu 1,22%, a US$ 95,77 o barril, por temores de desaceleração econômica global e de que a China anuncie restrições por conta do aumento de casos de covid no país. Apesar disso, na semana, o Brent acumulou alta de 4,85%. Valor

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