A Acelen vai elevar os preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e do querosene de aviação (QAV) JET-A entregues pela refinaria de Mataripe, na Bahia, a partir de amanhã, 1º de fevereiro. Os preços do GLP subirão entre 9,1% e 9,4%, a depender do ponto de entrega e modalidade, variando de R$ 4.034,02 a R$ 4.128,02 a tonelada.
No caso do QAV, a alta é de 12%, para R$ 3,76 por litro.
Na semana passada, em 22 de janeiro, foi feito o reajuste do diesel e da gasolina.
A Acelen foi criada pelo fundo Mubadala para assumir a operação da antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), comprada da Petrobras em novembro do ano passado.
A Petrobras, por sua vez, mantém os preços do GLP inalterados desde 9 de outubro de 2021, segundo a publicação obrigatória feita no site da companhia. Os preços variam de R$ 3.702,10 por tonelada em Cabiúnas, distrito de Macaé (RJ); e R$ 3.957,10 por tonelada, praticados em Itajaí (SC) e Canoas (RS).
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 17 de janeiro, o preço médio de suprimento do GLP no Brasil, que inclui as importações, estava em R$ 3.897,78 por tonelada, alta de 33% na comparação com o mesmo período de 2021.
Unidade paralisada para desembarque de óleo
Semana passada, a Acelen comunicou à ANP sobre uma parada não programada da Unidade de Destilação Atmosférica e a Vácuo (U-9) de Mataripe.
“A parada da unidade foi resultante de ajuste operacional como forma de compatibilizar a produção e os estoques de petróleo da refinaria à programação logística de recebimento do navio de longo curso, o qual teve a sua programação de atracação reajustada por questões aduaneiras”, informou a agência.
A Acelen informou o recebimento de uma carga de 1 milhão de barris de petróleo e que “em função do alto volume, a operação deve proporcionar um significativo ganho de produtividade nas operações da refinaria de Mataripe na Bahia”.
“O procedimento de abastecimento está em andamento através do processo ship to ship, que consiste no transbordo do produto para embarcações menores que acessem os piers locais”, disse a companhia no dia 26/1.
“A parada da unidade não representa riscos ao abastecimento do mercado e de seus clientes, supridos nesse momento pela produção das unidades em operação e pelos estoques existentes”, diz a ANP.