Alta dos combustíveis

Abicom: com queda do petróleo, gasolina e diesel ficam mais caros no Brasil do que fora

Preço da gasolina está 3% acima da paridade de importação, e o diesel, 2%, segundo Abicom; Petrobras não reajusta gasolina há 240 dias

Bomba de abastecimento de óleo diesel, na cor preta; ao lado de outras nas cores azul e verde (Foto Divulgação)
Bomba de abastecimento de diesel em posto de combustíveis (Foto Divulgação)

Com a queda do preço do petróleo no mercado internacional, a gasolina e o diesel vendidos nas refinarias brasileiras estão mais caros do que os comercializados no mercado internacional, segundo informa a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

De acordo com o fechamento de quarta-feira (5/2), o preço da gasolina no Brasil está em média 3% acima do exterior, e o preço do diesel está 2% superior ao praticado no Golfo do México. A gasolina já vinha se equiparando aos preços externos há alguns dias, enquanto o diesel ultrapassou a paridade de importação ontem.

Também na quarta-feira, a defasagem da Petrobras registrava maior paridade com a importação do que a da Refinaria de Mataripe, privatizada no governo Bolsonaro e que afirma seguir a política de paridade de importação (PPI), abandonada pela Petrobras em maio de 2023.

Segundo a Abicom, em Mataripe a diferença do preço da gasolina em relação ao mercado internacional era de 6% no fechamento de ontem, e do diesel, de 2%, enquanto, na média dos polos atendidos pela Petrobras, essa diferença era de 2% para o diesel e de 3% para a gasolina, a mesma média de todas as refinarias somadas.

O último reajuste da Petrobras foi há um mês: para o diesel, uma alta de 6%. Mas a gasolina não é reajustada há 240 dias. Já a Refinaria de Mataripe faz reajustes semanais.

Por Denise Luna

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