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TotalEnergies reverte queda e prevê aumentar produção de óleo e gás nos próximos 5 anos

Com Brasil no radar, expansão será puxada por GNL, depois de três anos consecutivos de redução nos volumes produzidos

Petroleira TotalEnergies reverte queda e prevê aumentar produção de petróleo e gás natural nos próximos 5 anos. Na imagem: CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, durante o World Economic Forum 2020 (Foto: Sikarin Fon Thanachaiary/WEF)
CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné (Foto: Sikarin Fon Thanachaiary/World Economic Forum)

RIO — A TotalEnergies anunciou nesta quarta (27/9) um plano de investimentos de US$ 16 bilhões a US$ 18 bilhões por ano entre 2024 e 2028, com a ambição de recuperar o declínio de sua produção de óleo e gás, ao mesmo tempo em que a companhia reitera os esforços em diversificar o seu portfólio de energias de baixo carbono.

A meta da empresa é aumentar entre 2% e 3% por ano a sua produção de petróleo e gás natural entre 2024 e 2028, puxada sobretudo pela expansão do segmento de gás natural liquefeito (GNL), depois de três anos consecutivos de queda nos volumes produzidos.

A expectativa é que Brasil, Golfo do México, Iraque e Uganda sustentem o crescimento da produção de petróleo da companhia.

Só o projeto de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, deve contribuir com três novas plataformas até 2025 e uma produção de 80 mil barris diários de óleo equivalente (boe/dia) para a petroleira.

O sucesso exploratório recente no Suriname e na Namíbia também deve contribuir para os planos de expansão da empresa.

TotalEnergies aposta num mercado de GNL apertado

A TotalEnergies, contudo, espera que o crescimento de sua produção se dê, predominantemente, com o GNL. A expectativa da empresa é que o mercado global se mantenha apertado até 2026-2027.

A multinacional aposta numa carteira de novos projetos de GNL no Catar, Estados Unidos, Moçambique e Papua Nova Guiné, para se posicionar bem no setor.

A previsão da TotalEnergies é destinar cerca de dois terços de seu plano de investimentos até 2028 no setor de óleo e gás.

O restante vai para o negócio de energias de baixo carbono – que inclui desde a aposta em hidrogênio e combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) à geração de energias renováveis, como solar e eólica.