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CNPE autoriza 11 blocos de partilha na Oferta Permanente da ANP

Mandato de biodiesel em discussão no CNPE
Reunião do CNPE nesta segunda (22) discutiu mistura obrigatória de biodiesel. Decisão deve ficar para quarta - Foto: Bruno Spada / MME

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O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nessa quinta (9/12) resoluções que autorizam a inclusão de áreas em regimes de concessão e 11 blocos da partilha na Oferta Permanente da ANP. Em tese, significa o fim dos leilões promovidos regularmente pela agência – ao menos para concessão.

— A ANP foi autorizada a definir e licitar, em Oferta Permanente, no regime de concessão, blocos em quaisquer bacias, e licitar campos devolvidos ou em processo de devolução. Inclui blocos localizados na plataforma continental brasileira, além das 200 milhas náuticas e os blocos que seriam ofertados na 18ª Rodada, em 2022.

— Campos ou blocos na área do pré-sal ou em áreas estratégicas foram excluídos dessa autorização, salvo por determinação específica do CNPE com definição dos parâmetros a serem adotados para cada campo ou bloco a ser licitado.

— Foi justamente o que o CNPE fez aprovando os parâmetros técnicos e econômicos para 11 blocos no regime de partilha de produção, autorizando a ANP a ofertá-los no sistema de Oferta Permanente.

— Cinco desses blocos foram ofertados e não arrematados na 4ª (Itaimbezinho) e 6ª (Norte de Brava, Bumerangue, Cruzeiro do Sul e Sudoeste de Sagitário) Rodadas de Partilha de Produção. Os demais seriam ofertados na 7ª (Ágata, Água marinha e Esmeralda) e 8ª (Jade, Turmalina e Tupinambá) Rodadas de Partilha.

— O CNPE ainda aprovou resolução que determina que os ministérios de Minas e Energia (MME) e da Economia (ME), em conjunto com a ANP e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), publiquem edital para qualificação de projetos visando à execução do projeto Poço Transparente, em até 90 dias, submetendo-o a consulta pública.

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Equinor paga parcelas referentes ao BM-S-8 A Petrobras vai receber da Equinor a última parcela contingente, de US$ 950 milhões, referente à venda de sua participação de 66% no bloco exploratório BM-S-8, na Bacia de Santos, onde está localizado o campo de Bacalhau, antiga área de Carcará.

— O valor total da venda é de US$ 2,5 bilhões. A primeira parcela, de US$ 1,25 bilhão, foi recebida no fechamento da operação, em 22/11/2016, e a segunda, de US$ 300 milhões, em 21/03/2018.

— O recebimento da última parcela estava condicionado à aprovação do Acordo de Individualização da Produção (AIP) dos campos de Bacalhau e Norte de Bacalhau pela ANP. O AIP foi submetido pela Equinor em 29 de janeiro e aprovado nessa quinta (9/12) na reunião de diretoria colegiada da ANP.

— Outra beneficiada com a aprovação do AIP é a Enauta, que vai receber US$ 144 milhões referente à última parcela pela venda de seus 10% no BM-S-8 para a Equinor.

— Bacalhau, no pré-sal do BM-S-8, é operado pela Equinor (40%), que tem como sócias ExxonMobil (40%) e Petrogal Brasil (20%). Em junho, as empresas tomaram a decisão final de investimento (FID, na sigla em inglês) para o investimento estimado em US$ 8 bilhões no desenvolvimento do primeiro módulo do campo.

ANP reduz royalties da Potiguar E&P A Diretoria Colegiada da ANP aprovou nessa quinta (9/12) a redução da alíquota de royalties das concessões da Potiguar E&P para 7,5%.

— A redução de royalties para empresas de pequeno e médio porte foi estabelecida pela Resolução 04/2020 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e regulamentada pela Resolução ANP nº 853 de 27 de setembro de 2021.

— Em 2020, a Poriguar E&P produziu volume médio anualizado inferior a 10 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) – o que a enquadrou como empresa de porte médio. Se produzir volumes anualizados médios superiores a 10 mil boed, a alíquota originalmente prevista nos contratos de concessão, de 10%, será reestabelecida.

A redução da alíquota terá efeito sobre a produção do mês subsequente à assinatura dos termos aditivos aos contratos de concessão da Potiguar E&P.

Bolsonaro volta a dizer que combustíveis vão cair O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nessa quinta (9/12) que o preço dos combustíveis vai cair “mais de uma vez nas próximas semanas”, em razão da queda do valor do Brent no exterior desde o pico, em outubro.

— Bolsonaro negou novamente que tenha informação privilegiada da Petrobras. “A CVM entrou em polvorosa quando falei que brevemente vai cair o preço dos combustíveis”, disse o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais. Estadão

— A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já abriu dois processos administrativos contra a Petrobras após Bolsonaro comentar reajustes dos combustíveis. Nesta semana, a CVM abriu processo após o presidente dizer que a petroleira reduziria os preços. E em 26 de outubro, após Bolsonaro anunciar um aumento.

Petrobras nega novidades sobre venda da Braskem A Petrobras negou informação da Coluna do Broadcast, do Estadão, de que a companhia e a Novonor (ex-Odebrecht) iniciaram a contratação de bancos para a alienação de participação na Braskem. As duas empresas são os principais acionistas da petroquímica.

— Segundo o jornal, Morgan Stanley e JPMorgan estarão à frente do grupo de instituições que realizarão a operação. A proposta é realizar a venda por meio de mais de uma oferta subsequente de ações (follow on) somente com ações preferenciais no início de fevereiro. Depois, levar a Braskem para o Novo Mercado e vender o restante das ações – ou parte disso – em mais duas ofertas posteriores.

— “A Petrobras mantém seu posicionamento em buscar a venda integral de sua participação na Braskem e segue realizando estudos para determinar a melhor estrutura para essa transação”, disse a petroleira, em comunicado.

Petróleo cai com temores sobre China Os preços do petróleo caíram nessa quinta (9/12) devido aos receios sobre a China, maior importadora de petróleo do mundo, após rebaixamento das classificações de duas incorporadoras chinesas, e após alguns governos tomaram medidas para combater a variante Ômicron.

— Os futuros do Brent fecharam em queda de 1,40 dólar, ou 1,9%, para 74,42 dólares o barril, recuando de uma máxima da sessão de 76,70 dólares, e o WTI caiu 1,42 dólar, ou 2%, a 70,94 dólares, após pico de 73,34 dólares. Reuters

Prazo para metas do RenovaBio termina dia 31 A ANP informou nessa quinta (9/12) que o prazo final para cumprimento das metas individuais de 2021 pelas distribuidoras no âmbito do RenovaBio termina em 31 de dezembro. Até quarta (8/12), 46 empresas cumpriram suas metas, com mais de 19,2 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) aposentados. Corresponde a 77% da meta anual definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de 24,9 milhões de CBIOs.

— A agência lembra que, conforme a Lei nº 13.576/2017, a multa mínima para as distribuidoras que não cumprirem a meta é de R$ 100 mil. O valor mínimo é aplicado até mesmo às distribuidoras com metas muito reduzidas, como, por exemplo, 1 CBIO.

— No início de 2021, foram instaurados processos administrativos contra as distribuidoras que não cumpriram as metas estabelecidas para o período 2019-2020. As multas aplicadas a essas distribuidoras variam entre R$ 100 mil e R$ 9,5 milhões.

— Do início do ano até a segunda quinzena de novembro, o volume de emissão de CBIOs alcançou 28,33 milhões de títulos, superando em 13,7% a meta estabelecida para as distribuidoras em 2021, segundo relatório do Itaú BBA.

Frentes da bioenergia vão levar propostas para presidenciáveis Frentes parlamentares dedicadas à bioenergia, como a da Economia Verde e do Setor Sucroenergético, vão inserir temas como políticas públicas para bioenergia, transição energética e economia verde no escopo de questionamentos aos presidenciáveis em 2022. É o que defende o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP).

— Autor do projeto de lei que cria um programa de incentivos ao biogás e biometano (PIBB) e presidente das frentes da Economia Verde e do Setor Sucroenergético, Jardim participou na quarta (8/12) da abertura dos Diálogos da Transição, série de debates promovida pela agência epbr.

— Cabe aos presidenciáveis para 2022, segundo Jardim, demonstrarem qual seu grau de comprometimento com políticas públicas voltadas para uma energia mais limpa e eficiente. Políticas que estejam de acordo com as demandas reais do mercado, que necessita cada vez mais de opções sustentáveis.

Mercado de Curto Prazo do setor elétrico movimentou R$ 5,1 bi em outubro As operações do Mercado de Curto Prazo (MCP) do setor elétrico movimentaram R$ 5,1 bilhões dos R$ 6,4 bilhões contabilizados em outubro, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgados nessa quinta (9/12). O andamento das tratativas sobre o GSF liberou mais R$ 4 milhões retidos por liminares.

— Os repasses referentes ao risco hidrológico foram realizados por sete agentes. Há um ano, os recursos bloqueados ultrapassavam R$ 10 bilhões. Desde então, a repactuação do GSF contribuiu para que 56 usinas efetuassem 144 pagamentos, reduzindo o montante para os atuais R$ 1,07 bilhão.

— Do valor não pago em outubro, além dos valores ainda relacionados às liminares do GSF no mercado livre, R$ 55,7 milhões já correspondem aos parcelamentos para repactuação e apenas R$ 84 milhões referem-se à inadimplência.

Light vende participações em PCHs A Light e sua controlada Light Energia anunciaram nessa quinta (9/12) que venderam suas participações na Lightger e Guanhães Energia para a Brasal Energia por R$ 206,4 milhões.

— A participação de 51% da Light na Lightger, que opera a PCH de Paracambi, foi vendida por R$ 108,5 milhões. Já os 51% de participação da Light Energia na Guanhães Energia, que opera as PCHs de Senhora do Porto, Dores de Guanhães, Fortuna II e Jacaré, foram vendidos por R$ 97,9 milhões. Valor

Estados e municípios buscam geração própria de energia Pelo menos 11 estados e cinco capitais brasileiras estudam ou já implementam projetos para geração de energia, a maioria solar, voltados ao consumo de seus prédios e de serviços públicos. O dado integra o Livro Azul da Infraestrutura de 2021, da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), com projetos formulados pelos governos federal e estaduais e pelas capitais voltados à iniciativa privada.

— As iniciativas devem envolver pelo menos R$ 1 bilhão em investimentos, mas o número deve ser maior, já que apenas sete gestões informaram os recursos previstos nos projetos.

— Para o presidente executivo da Abdib, Venilton Tadini, os planos mostram um esforço em se adaptar à transição energética. “Talvez seja o país que mais esteja voltado nesse momento para a transição energética, do ponto de vista do crescimento da infraestrutura.”

— A proliferação dos projetos também acontece num momento em que subsídios para fontes renováveis e geração distribuída estão passando por mudanças. Estadão

SP negocia contratação de energia direto pelas distribuidoras O governo do estado de São Paulo estrutura um programa com as distribuidoras para promover chamadas públicas para contratação de energia. O objetivo é estimular soluções renováveis e limpas, diz Ricardo Cantarani, coordenador de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado (SIMA).

— Em geral, a contratação de energia pelas distribuidoras acontece a partir dos leilões centralizados promovidos pela Aneel. No modelo estudado por São Paulo, as próprias distribuidoras abrirão chamadas públicas para a contratação de até 10% de sua carga, dentro da área de concessão.

— Cantarini participou na quarta (8/12) dos Diálogos da Transição, série de debates ao vivo promovida pela agência epbr.

Engie lança edital de R$ 4 milhões para projetos de P&D A Engie Brasil Energia abriu chamada pública para financiar projetos de P&D com o tema “Impactos das mudanças do clima e do uso da terra no setor elétrico brasileiro”. Os projetos serão executados no âmbito do Programa de P&D Aneel, com previsão para início de execução em março de 2022. As inscrições vão até 9 de janeiro de 2022.

— Podem se inscrever pesquisadores e profissionais de áreas relacionadas aos temas propostos vinculados a Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), incluindo universidades, além de startups e empresas especializadas.

Prefeitura de São Paulo avalia PPP para usina solar A Prefeitura de São Paulo irá abrir uma consulta pública para realizar a primeira parceria público-privada da cidade para instalação de uma usina solar fotovoltaica. A consulta deverá ser anunciada na próxima semana pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), informa o Estadão.

— A área escolhida para o projeto é um espaço de cerca de 50 mil m² dentro do antigo Aterro Bandeirantes, em Perus, na zona noroeste da capital paulista. A expectativa é implementar uma usina de 5 MW de potência, para produzir 9.285 MWh por ano.

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