Gás Natural

Cegás avança nas negociações com três empresas para compra de gás

Distribuidora cearense selecionou a Galp, PetroReconcavo e Shell para avançar nas negociações de até 600 mil m³/dia

A Cegás selecionou a Galp, PetroReconcavo e Shell para avançar nas negociações compra de até 600 mil m³ de gás por dia. Na imagem, asoduto de distribuição de gás canalizado (Foto: Agência Petrobras)
A Cegás pretende contratar 600 mil m³/dia, por quatro anos, em pontos de entrega de Fortaleza, Aquiraz, Pacajus, Caucaia, Aracati e São Gonçalo do Amarante, onde fica o Porto de Pecém (Foto: Agência Petrobras)

RIO — A Cegás selecionou a Galp Energia, PetroReconcavo e Shell Energy para avançar nas negociações finais para contratação de até 600 mil m³/dia de gás natural. Em litígio com a Petrobras, a distribuidora cearense busca supridores para entrega de gás já a partir do segundo semestre deste ano.

A Excelerate também participou da chamada pública, mas não prosseguiu para a etapa final de negociação dos contratos. A companhia arrendou o terminal de gás natural liquefeito (GNL) da Petrobras, na Bahia.

As três escolhidas, Galp, Petroreconcavo e Shell, já atuam desde o início do ano como fornecedoras de distribuidoras no Nordeste.

Na primeira tentativa de encontrar novos supridores, em fevereiro, apenas a Galp e a Excelerate se candidataram.

A Cegás pretende contratar 600 mil m³/dia, por quatro anos, em pontos de entrega de Fortaleza, Aquiraz, Pacajus, Caucaia, Aracati e São Gonçalo do Amarante, onde fica o Porto de Pecém.

Cegás quer reduzir dependência da Petrobras

Para a Cegás, encontrar novos supridores é uma prioridade. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou, em março, uma liminar que impedia a Petrobras de elevar os preços do gás natural vendido à distribuidora.

Assim como as outras distribuidoras que entraram na Justiça para reduzir os preços do gás comprados da Petrobras, a Cegás vinha negociando novos termos contratuais com a petroleira: um prazo estendido de quatro para nove anos, em troca de uma redução na indexação do valor do Brent, de 16,75% para menos de 13%.

As negociações foram interrompidas na semana passada, em razão do corte de 30% no fornecimento de gás da YPFB, da Bolívia, para a Petrobras — o que pode levar a uma participação maior de GNL importado, e mais caro, na formação dos preços no Brasil.

Até o momento a Petrobras ainda não retomou as negociações com as distribuidoras estaduais.

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